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Geada Negra: Fenômeno retorna ao Paraná após 47 anos sem registros de ocorrências

Após 47 anos sem registros no Paraná, foi confirmado, na manhã desta quinta-feira (19) o fenômeno de “Geada Negra” município […]

Foto: Cristiano Ferreira
Foto: Cristiano Ferreira
Geada Negra: Fenômeno retorna ao Paraná após 47 anos sem registros de ocorrências
Redação - OBemdito
Publicado em 19 de maio de 2022 às 12h16 - Modificado em 19 de maio de 2022 às 12h16
Gastro Umuarama

Após 47 anos sem registros no Paraná, foi confirmado, na manhã desta quinta-feira (19) o fenômeno de “Geada Negra” município de Telêmaco Borba, localizado nos Campos Gerais do Estado. A cidade registrou as mais baixas temperaturas em todo o território, medindo 3,7°C nesta manhã.

Em análise geral, as temperaturas em todo o estado nesta quinta-feira (19) foram um pouco mais elevadas em comparação às dos dois dias anteriores. Entretanto, o aumento nas temperaturas pelo Paraná não pouparam o município de Telêmaco Borba da temida geada negra.

Em relato, moradores disseram que durante a madrugada o evento já havia sido registrado em alguns lugares da cidade. Porém foi de manhã que a geada pode ter sido vista em mais áreas de vegetação da cidade. Ainda não há informações sobre o total de perdas causadas pela geada.

E o que é?

A geada comum, ou “geada branca”, é quando o resfriamento das temperaturas durante o período noturno gera uma película de gelo por sobre a plantação, resultante da combinação de frio e umidade. Diferente desta, a geada negra é uma combinação perigosa entre ar frio, vento moderado e baixas temperaturas.

Na última vez que aconteceu, no ano de 1975, a geada negra causou um estrago devastador nas plantações de café pelo estado. O evento foi batizado com este nome pois gera um congelamento da parte interna do café que acaba sendo queimada pelo gelo e fica com a aparência escura.

De acordo com a meteorologista Desirée Brandt, da Somar Meteorologia, “Quando umidade do ar está baixa e a perda radiativa é intensa, causa um forte resfriamento a ponto de chegar a uma temperatura letal, chegando a congelar a seiva da planta”, explica.

A “Ruína do Café”

Na madrugada do dia 18 de julho de 1975 o Paraná sentiu os impactos da tão sofrida “geada negra”. Em todos os jornais paranaenses era matéria, inclusive estampando a capa do jornal O Diário do Norte do Paraná. Fotografias eternizaram a destruição causada pela geada que pegou a população de surpresa.

Durante a madrugada, os termômetros marcaram 4ºC em Maringá, 1ºC em Mandaguaçu, 6ºC em Marialva, 2,8ºC em Paranavaí, 2,5ºC em Cianorte, 3ºC em Umuarama e 4ºC em Curitiba. Porém as maiores consequências da geada foram sentidas nas plantações.

O então governador durante o período, Jaime Canet Júnior, avaliou os estragos em plantações pelos territórios paranaenses, e a conclusão foi trágica: o café – o maior produto produzido pelo nosso estado – foi devastado pela geada negra. As fotos eternizaram os prejuízos dos agricultores.

O estrago foi tão grande que o governador teve que se reunir com o presidente do Instituto Brasileiro de Café (IBC), Camilo Calazans, para discutir medidas de amparos para agricultores que foram prejudicados pelo evento meteorológico.

(Redação, com informações RIC Mais)

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