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Deputados dizem que CPFs de mortos foram usados na vacinação em Umuarama

Conforme presidente de Comissão, prefeito está colaborando com investigações

Deputados Francischini e Jacovós recebem informações do prefeito Celso Pozzobom / DIVULGAÇÃO
Deputados Francischini e Jacovós recebem informações do prefeito Celso Pozzobom / DIVULGAÇÃO
Deputados dizem que CPFs de mortos foram usados na vacinação em Umuarama
LEONARDO REVESSO - OBemdito
Publicado em 21 de maio de 2021 às 19h33 - Modificado em 22 de maio de 2021 às 10h27
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Segundos os deputados estaduais Fernando Francischini (PSL) e José Aparecido Jacovós (PR), dois CPFs de pessoas mortas foram usados para furar a fila da vacinação contra a Covid em Umuarama. 

Os parlamentares fazem parte da Comissão Especial de Investigação (CEI) criada pela Assembleia Legislativa para apurar fraudes na imunização do coronavírus no Estado. 

As informações colhidas pela comissão foram entregues na tarde desta sexta-feira (20) ao prefeito Celso Pozzobom durante diligência na Prefeitura Municipal, e levadas ao Ministério Público, que no último dia 5 de maio deflagrou a Operação Metástase. 

A ação policial prendeu sete pessoas e cumpriu 62 mandatos de busca e apreensão a partir de investigações de desvios de recursos da saúde e de doses de vacina contra a Covid-19 para uso de autoridades vinculadas ao município e seus familiares. 

“A Comissão Especial tem dois casos graves em apuração, que requisitamos informações ao prefeito. São dois mortos que tomaram vacina em Umuarama. Pessoas que já morreram há alguns anos e que o CPF foi utilizado para imunização”, denunciou o presidente da CEI, Fernando Francischini.

O deputado afirmou que Pozzobom está colaborando com as investigações da CEI. “O prefeito também está fazendo uma apuração interna para identificar como foram realizadas essas vacinações, evitando que novas irregularidades aconteçam”, disse.

“Neste momento o mais importante é dar transparência aos fatos. É um momento em que todos nós estamos passando por uma fase muito difícil, vendo a morte de familiares e amigos. Precisamos dar agilidade às investigações”, acrescentou.

Segundo Francischini, a conjugação de esforços neste processo é fundamental. 

“Aprendendo como pessoas de má-fé fraudaram a fila, nós poderemos fazer uma lei eficaz, mostrando como se confere a documentação, quais são as prioridades da vacinação. Queremos que as pessoas voltem a sentir credibilidade neste processo e saibam que a sua vez vai chegar na hora certa”, finalizou.  

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