Foto ilustrativa: Dr Rocha

Saúde

Universidades do Paraná patenteiam uso óleo de copaíba para combater infecções

Foto ilustrativa: Dr Rocha
Universidades do Paraná patenteiam uso óleo de copaíba para combater infecções
Jaqueline Mocelin
OBemdito
12 de outubro de 2021 13h06

Pesquisadores das universidades estaduais de Campinas (Unicamp), Maringá (UEM), Londrina (UEL) e federal do Amazonas (Ufam) desenvolveram um composto antimicrobiano de óleo de copaíba com nanopartículas de prata produzidas a partir de fungos.

Para verificar a eficácia, realizaram ensaios com microrganismos, como o fungo Candida albicans (responsável pela candidíase) e a bactéria Streptococcus agalactiae – ela pode colonizar a mucosa vaginal em gestantes, e consequentemente ser transmitida ao bebê no parto, e é considerada uma das causas mais frequentes de infecção generalizada em recém-nascidos. A iniciativa é patenteada.

“A ação das nanopartículas de prata é extremamente eficiente, pois matam as bactérias e ao associá-las com o óleo de copaíba temos uma sinergia. A nanotecnologia auxilia na atividade, na reatividade e faz o efeito antimicrobiano atuar por muito mais tempo”, explica o pesquisador da Unicamp, Nelson Duran, um dos pioneiros no Brasil em nanobiotecnologia.

De acordo com os pesquisadores, o novo composto é de maior eficácia terapêutica e redução nas concentrações dos componentes, o que diminui os efeitos adversos. A tecnologia pode ser usada em formulações de cremes e pomadas antissépticos e antimicrobianos, produtos de limpeza, sanitizantes e até roupas.

Segundo a Agência de Inovação Inova Unicamp, a exploração comercial da tecnologia – vista como uma alternativa natural e de baixo custo de produção para o tratamento de infecções causadas por microrganismos multirresistentes – pode ser feita a partir do licenciamento dela por empresas que, em contrapartida, deverão destinar parte dos ganhos obtidos às universidades envolvidas, dentre elas a UEM.

Isso possibilita a manutenção dos investimentos em laboratórios e materiais para pesquisas. O próximo passo do grupo interinstitucional é testar a eficácia da combinação das nanopartículas de prata e óleo de copaíba contra vírus, em especial o novo coronavírus.

(Assessoria UEM)

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