Sicred
Instituto Nossa Senhora Aparecida
Agência Estadual Publisher do OBemdito

Com aumento de casos de coqueluche no Paraná, Saúde reforça importância da vacinação

De acordo com boletim semanal do perfil epidemiológico da coqueluche, desde o início do ano foram registrados 302 casos e um óbito no Estado

Foto: Sesa-PR
Foto: Sesa-PR
Com aumento de casos de coqueluche no Paraná, Saúde reforça importância da vacinação
Agência Estadual - OBemdito
Publicado em 4 de setembro de 2024 às 22h25 - Modificado em 4 de setembro de 2024 às 22h25
Gastro Umuarama
Atlanta Pneus

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (4) o boletim semanal do perfil epidemiológico da coqueluche. De acordo com o novo documento os números continuam a subir – desde o início do ano foram registrados 302 casos e um óbito no Paraná. Por ser altamente transmissível e prevenível, a Sesa alerta a população sobre a importância de manter atualizada a vacinação contra a doença.   

A maioria das confirmações deste ano é da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, com 185 casos, seguida da 3ª RS de Ponta Grossa (35), 17ª RS de Londrina (19) e a 1ª Regional de Paranaguá (16). O óbito ocorreu em Londrina e outros quatro permanecem em investigação.  

De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2019 o Paraná registrou 101 casos de coqueluche, em 2020 foram 26, em 2021 nove, em 2022 foram cinco casos e no ano passado 17.

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos. 

A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.

Apesar dos sintomas serem parecidos com os de um resfriado, com febre, tosse, coriza, dores no corpo e cansaço, sem tratamento adequado a tosse pode aumentar consideravelmente.

A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os seis meses de idade e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos postos de saúde do Estado.

“Os municípios possuem estoque das vacinas utilizadas para a proteção e imunidade das crianças. O Ministério da Saúde (MS) publicou uma nota técnica com alerta sobre a ocorrência da coqueluche no país. O Paraná segue as orientações e se mantém vigilante quanto à doença”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.

COBERTURA VACINAL 

A imunização contra a doença nas crianças ocorre por meio da vacina pentavalente e DTPA. A primeira deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Atualmente as coberturas vacinais estão em 88,73% e 86,12%, respectivamente. Já para a dTpa, destinada aos trabalhadores da saúde e da educação, a cobertura é de 68,93%.

AÇÕES

A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesa não mede esforços para conter a doença e realiza várias ações em todo o Estado junto aos municípios. Elas incluem notas de alerta; videoconferências e capacitações presenciais com as Regionais de Saúde e municípios, além da busca ativa de gestantes e puérperas para imunização com dTpa e de crianças para atualização do esquema vacinal.

Também é realizada a vacinação de forma excepcional dos trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de 4 anos.

As medidas incluem orientação para controle de visitas e contatos de sintomáticos respiratórios aos recém-nascidos; notificação e investigação imediatamente (até 24h) dos casos suspeitos e confirmados para medidas de controle e tratamento da doença em tempo oportuno; e outras ações direcionadas aos contatos próximos e sobre a coleta para o diagnóstico.

CAPACITAÇÃO 

A Regional Telêmaco Borba (21ªRS) promoveu nesta segunda-feira (3) uma capacitação para o diagnóstico, tratamento e vigilância da coqueluche, reunindo 174 pessoas, entre gestores e profissionais da saúde. Desde o início do ano já foram promovidos seis encontros com os profissionais das regionais para o aprofundamento do assunto e atualização do cenário paranaense.   

Veja o esquema vacinal:

Vacina pentavalente

Imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza do tipo B e hepatite B        

Crianças:

1ª dose (2 meses)

2ª dose (4 meses)

3ª dose (6 meses)

Vacina DTP

Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis)    

Reforço (15 meses)

Reforço (4 anos)

Vacina dTpa

Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis)    

Todos os profissionais de saúde

Gestantes a partir da 20ª semana (a cada nova gestação)

Trabalhadores de saúde que atuam em maternidade, berçários, UTI neonatal e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais

Trabalhadores da educação que cuidam de crianças até 4 anos

Confira o boletim da coqueluche e mais informações sobre a doença AQUI.

Participe do nosso grupo no WhatsApp e receba as notícias do OBemdito em primeira mão.