Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Lula convoca grande reunião para terça com governadores para discutir ameaças às escolas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Lula convoca grande reunião para terça com governadores para discutir ameaças às escolas
Redação
OBemdito
17 de abril de 2023 12h19

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, lançou, na última sexta-feira (14), em Curitiba, a segunda fase do Programa Nacional de Segurança com Cidadania no Paraná, junto com o governador Ratinho Jr.

Em entrevista coletiva, ele adiantou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir na terça-feira (18), em Brasília, com governadores e representantes de prefeitos para tratar das ameaças de ataques nas escolas. Flávio Dino disse, ainda, que, no mesmo dia, Lula e os governadores devem discutir a atuação das forças de segurança pública dos estados para o próximo 20 de abril.

“As redes escolares são marcadamente estaduais ou municipais. Então, o governo federal não vai decidir unilateralmente o que ocorrerá no dia 20” acentuou. Ele voltou a falar sobre ações do governo federal – em conjunto com estados e municípios – para combater novos casos de violência nas escolas e classificou o problema como nacional.

“O Governo Federal está mostrando uma preocupação e, ao mesmo tempo, transitando em torno de dois princípios fundamentais: proteger e unir a sociedade para que haja máxima tranquilidade possível. Nós já tivemos a pandemia, que teve como uma das principais sequelas a dificuldade de funcionamento da educação e nós não vamos permitir que empresas estrangeiras poderosas lucrem em cima da vida de nossas crianças”, disse.

Por isso, há a necessidade de integração da Polícia Federal com as polícias estaduais, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP). “Não temos condições, neste momento, de afirmar que há uma nucleação superior dessas células. Mas que elas se organizam por intermédio da internet isso é inequívoco”, garantiu.

Flávio Dino descreveu dois perfis identificados entre as mais de cem prisões e apreensões, conforme a faixa etária, da Operação Escola Segura.

“Temos casos, inclusive, de jovens adolescentes de um estado sendo dirigidos, por intermédio da internet, por pequenas células situadas em outros estados. Temos, portanto, duas faixas: aqueles que agem individualmente, por problemas pessoais de várias naturezas, e também temos essas células estimulando [a cometerem atos violentos]”.

Flávio Dino e Ratinho Junior – Foto: Robson Mafra/Bem Paraná

As investigações mostraram que a internet é o principal meio de incitação à violência, por isso, o ministro da Justiça exigiu, por meio de norma, que as plataformas digitais façam o monitoramento e restrição de conteúdos com ameaças postadas.

“Por intermédio do monitoramento que as empresas são juridicamente obrigadas a fazer, à vista do Código Civil e do Código de Defesa do Consumidor, nós encontramos a forma pela qual podemos desmontar essa arquitetura criminosa”, explicou.

Como medida inicial, o ministro relembrou que as redes sociais já foram notificadas para que retirem conteúdos violentos do ar, em 72 horas. E que, no começo, houve resistência de algumas plataformas em seguir a determinação do governo federal, principalmente, das matrizes das empresas, situadas em outros países, mas, posteriormente, “houve uma compreensão geral dessas plataformas mais conhecidas. Espero que assim permaneça porque nós estamos falando de milhares de conteúdos todos os dias que são identificados como propagadores desse discurso [de violência]”, acentuou.
Reunião com governadores e prefeitos

Estão no radar das autoridades as múltiplas postagens em redes sociais com discurso de ódio e ameaças de ataques a escolas. Alguns conteúdos fazem referência ao Massacre de Columbine, nos Estados Unidos, em 20 de abril de 1999, e ao aniversário de nascimento do nazista Adolf Hitler. “Sabemos que essa data, infelizmente, tem sido carregada de simbolismo, seja pela ocorrência desse terrível massacre nos Estados Unidos, seja pelo aniversário do inspirador dessa gente extremista”, frisou.
Fortalecimento da segurança.

(Bem Paraná e Agência Brasil)

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