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Japonês é punido em público por sair 3 minutos antes da hora do almoço

Um funcionário público do departamento fluvial da cidade de Kobe, no Japão, foi punido por deixar sua mesa de trabalho […]

Os japoneses atendem as perspectivas das empresas sobre a máxima dedicação e esforço, mas tal dedicação tem causado a morte de muitos deles / REPRODUÇÃO
Os japoneses atendem as perspectivas das empresas sobre a máxima dedicação e esforço, mas tal dedicação tem causado a morte de muitos deles / REPRODUÇÃO
Japonês é punido em público por sair 3 minutos antes da hora do almoço
Legare Filho - OBemdito
Publicado em 23 de maio de 2021 às 12h32 - Modificado em 23 de maio de 2021 às 12h32
Gastro Umuarama

Um funcionário público do departamento fluvial da cidade de Kobe, no Japão, foi punido por deixar sua mesa de trabalho três minutos antes do início da hora do almoço, para comprar uma refeição pronta. 

O trabalhador de 64 anos foi reprimido publicamente pelos superiores porque teria descumprido o horário em 26 ocasiões ao longo de sete meses.

Os chefes convocaram uma coletiva de imprensa, na qual descreveram as ações do funcionário como “profundamente lamentáveis” e se curvaram em um pedido de desculpas. 

Segundo o departamento, o funcionário infringiu uma lei de serviços públicos que obriga os trabalhadores a “se concentrarem em suas funções”. 

Nas redes sociais, usuários questionaram a punição afirmando que, em média, ele deixou a mesa mais cedo apenas uma vez por semana, e se a mesma regra poderia ser aplicada para quem faz pausas para fumar ou para ir ao banheiro. 

Curiosamente, o caso ocorreu semanas após parlamentares japoneses aprovarem uma lei que busca corrigir o problema do excesso de horas extras no país. 

A medida vem como resposta ao aumento no número de casos de um fenômeno batizado de karoshi, ou morte por excesso de trabalho. 

O governo foi obrigado a agir após a repercussão da morte de Matsuri Takahashi, funcionária de 24 anos da agência de publicidade Dentsu que se matou, em 2015, depois de ser forçada a trabalhar mais de 100 horas além do combinado, incluindo os fins de semana. 

O suicídio de Takahashi levantou uma discussão sobre a cultura de trabalho japonesa, que comumente força os funcionários a acumularem horas extras como sinal de dedicação. 

(Super Interessante)

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