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Defesa dos Buscariollo nega entrega à polícia e reafirma inocência no caso dos desaparecidos em Icaraíma

Antônio e seu filho Paulo Ricardo são apontados pela polícia como principais suspeitos da execução de quatro homens, cujos corpos foram encontrados há algumas horas

Foto: Montagem/OBemdito
Defesa dos Buscariollo nega entrega à polícia e reafirma inocência no caso dos desaparecidos em Icaraíma
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Publicado em 19 de setembro de 2025 às 13h01 - Modificado em 19 de setembro de 2025 às 17h25

A defesa de Antônio Buscariollo e de seu filho, Paulo Ricardo Buscariollo, negou nesta sexta-feira (19) que os dois pretendam se entregar à polícia em razão das investigações sobre a morte dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, no Noroeste do Paraná.

Em nota oficial, o advogado Renan Farah afirmou que a localização dos corpos — encontrados em uma propriedade rural durante a madrugada — reforça a tese de negativa de autoria, já que o local não tem vínculo algum com a família Buscariollo.

“A localização dos corpos, em propriedade de pessoa que não tem qualquer relacionamento com a família Buscariollo, reforça a nossa defesa de negativa de autoria, ou seja, que não tiveram qualquer participação com esses homicídios”, disse Farah .

O advogado destacou que a perícia será determinante para o andamento do caso. Segundo ele, a medicina legal poderá indicar se as vítimas foram alvo de execução com disparos de arma de fogo. Além disso, deve identificar calibre e armas utilizadas. Bem como, esclarecer circunstâncias como tempo da morte, eventual tortura e cárcere.

“O corpo fala”, frisou o defensor, ao reforçar que os elementos técnicos ajudarão a encontrar os verdadeiros culpados .

A nota também manifesta pesar às famílias das vítimas e afirma confiar no trabalho da Polícia Civil de Icaraíma. O advogado ressalta que os responsáveis pelos homicídios são os mesmos que vêm ameaçando tanto a família Buscariollo quanto ele próprio, em função da defesa.

Localização dos corpos dos desaparecidos

Uma força-tarefa localizou os corpos de Diego Henrique Afonso, Rafael Juliano Marascalchi, Robishley Hirnani de Oliveira e Alencar Gonçalves de Souza na noite de quinta-feira (18). As vítimas estavam em uma vala, com os corpos empilhados, cobertos por terra e em início de decomposição.

A princípio, a polícia identificou marcas de tiro no rosto e no abdômen, o que indica sinais de execução. Porém, apenas o exame de necropsia confirmará as informações e se os tiros foram à queima-roupa. Confira aqui mais detalhes.

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