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O último drible de uma lenda do futebol. Morre aos 82 anos o Rei Pelé

Quadro de câncer de cólon, descoberto em setembro do ano passado, se agravou após infecção respiratória

O último drible de uma lenda do futebol. Morre aos 82 anos o Rei Pelé
Redação - OBemdito
Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 16h23 - Modificado em 29 de dezembro de 2022 às 20h18
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O Rei do Futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos. Ele estava internado desde o dia 29 de novembro no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Fazia quimioterapia para o câncer de cólon, descoberto em setembro do ano passado. O maior jogador de futebol de todos os tempos também tratava uma infecção respiratória.

Segundo boletim do hospital,  Pelé morreu às 15h27 “em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon”.

No início deste mês, ele chegou a apresentar melhora progressiva em seu estado geral, com sinais vitais estáveis e consciente, mas, no último dia 21, um novo boletim do hospital informou a progressão do câncer e que Pelé necessitaria de mais “cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca”. O ex-jogador estava internado em um quarto comum e passou o Natal com os filhos.

Ao longo da internação, Pelé recebeu a visita dos filhos e dos netos. Flávia e Kely Nascimento foram as primeiras a acompanhá-lo. Esta última, mais ativa nas redes sociais, fez o anúncio de que a família celebraria o Natal no hospital.

Edinho esteve com os irmãos na data e retornou para Londrina. Os gêmeos Joshua e Celeste também participaram da reunião familiar. Jennifer Nascimento, filha que vive fora dos holofotes, não apareceu em fotos no local. Pelé era o pai de Sandra Regina, que morreu de câncer em 2006. Os filhos dela visitaram o ex-jogador nesta quarta-feira, 28.

Câncer de cólon

O câncer colorretal, que pode atingir o cólon (parte do intestino grosso) e o reto é responsável por 935 mil mortes por ano no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), é o segundo câncer mais comum no Brasil – o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 45.630 novos casos anuais entre 2023 e 2025.

A doença é silenciosa e é rastreada por meio da colonoscopia, exame indicado a partir dos 50 anos. Caso a pessoa tenha histórico familiar, a recomendação é realizar a avaliação depois dos 40 anos.

Se descoberto em fase inicial, esse tipo de câncer tem taxa de cura acima dos 90%, índice que cai para 70% ao se espalhar para os linfonodos. Caso avance para metástase, a possibilidade de cura é inferior a 20%.

“Quando um tumor originado no cólon (intestino grosso) se espalha, o órgão que mais apresenta metástase é o fígado”, diz o cirurgião oncológico Héber Salvador, presidente da SBCO. Em caso de diagnóstico precoce, o tratamento costuma envolver cirurgia e pode incluir radioterapia e quimioterapia.

Tabagismo, sedentarismo, alto consumo de álcool, dieta rica em ultraprocessados e histórico familiar são alguns dos fatores de risco. Entre os sintomas da doença, estão: sangue nas fezes, quadros alternados de diarreia e prisão de ventre, perda de peso sem causa aparente, desconforto abdominal e sensação de fraqueza.

(Com Veja)

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