Dissertação de mestrado aponta que Umuarama é uma cidade potencialmente sustentável
Na última sexta-feira (10), o mestrando Solano Ribeiro Soares defendeu publicamente sua dissertação de mestrado intitulada “Índice de Avaliação do […]
Na última sexta-feira (10), o mestrando Solano Ribeiro Soares defendeu publicamente sua dissertação de mestrado intitulada “Índice de Avaliação do Potencial de Desenvolvimento de Cidades Inteligentes Sustentáveis (IAPD-CIS) aplicado ao município de Umuarama-PR”.
O discente do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade do IFPR/UEM, orientado pela professora Máriam Trierveiler Pereira, apresentou seu estudo para a banca de avaliadores composta pelos professores doutores da UEM, Sérgio Trajano Franco Moreiras e Vanessa Daneluz Gonçalves.
Por meio da metodologia, foi verificado que Umuarama é uma cidade potencialmente sustentável, com pontuação final de 62,5% de desenvolvimento urbano.
A dimensão do indicador com maior pontuação foi a econômica, seguida da social, em terceiro lugar a ambiental, e por último, a tecnológica. Observou-se que os aspectos tecnológicos associados a cidades inteligentes estão em implantação no município, o que tende a melhorar nos próximos anos.
Em comparação, Maringá foi classificada como uma cidade em transição para a sustentabilidade, com pontuação levemente inferior do que Umuarama, 57,25%.
ENTENDA O INDICADOR
O IAPD-CIS foi construído pela mestre em Engenharia Urbana da UEM Maringá, Raíssa Martins Amadeo. Com a preocupação com as questões socioambientais aliada ao advento da Revolução Tecnológica deu início a um novo conceito de planejamento urbano conhecido como Cidades Inteligentes Sustentáveis (CIS). Devido a sua grande difusão ao redor do mundo, ferramentas metodológicas estão sendo criadas com o intuito de mensurar a eficiência de cidades assim rotuladas, no entanto, consistem em índices locais específicos para determinado país ou região, o que inviabiliza sua aplicação no Brasil.
Como forma de difundir a implementação das CIS no âmbito nacional e auxiliar na elaboração de normatizações sobre o tema, o estudo se propôs a desenvolver uma metodologia de avaliação do desenvolvimento urbano, aplicável em cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, a fim de averiguar sua potencialidade para se tornar CIS.
Inicialmente, determinou-se que a CIS brasileira deve ser estudada sob a ótica de quatro dimensões: ambiental, social, econômica e tecnológica. Então, os indicadores foram selecionados a partir de três iniciativas, duas brasileiras sendo Programa Cidades Sustentáveis (PCS) e norma ISO NBR 37120/2017, e outra internacional elaborada pela União Internacional de Telecomunicações (ITU).
Foram atribuídas referências de metas para valorar os indicadores e foi averiguado a sinergia de cada indicador, ou seja, em quais dimensões ele influencia. Assim, os indicadores já valorados são multiplicados pela sua sinergia e todos são somados.
A situação do desenvolvimento urbano de uma cidade pode ser avaliada com essa pontuação em um dos cinco intervalos propostos: insustentável (1% a 45%); em transição para a sustentabilidade (46% a 59%); potencialmente sustentável (60% a 75%); em transição para inteligente sustentável (76% a 90%) e potencialmente inteligente sustentável (91% a 100%).
Os indicadores analisados são: áreas verdes, monitoramento da qualidade do ar, ciclovias e ciclofaixas, fontes renováveis, Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos, acesso à água potável e a rede de esgoto, tratamento de esgoto, unidades básicas de saúde, taxa de população analfabeta acima de 15 anos, centros culturais, polos educacionais, taxa de desemprego, IDH, parceria público-privada, economia criativa, domicílios com acesso à internet, wi-fi público, centro de monitoramento e alertas de desastres naturais e rede elétrica inteligente.
(Assessoria)