Com oitiva de testemunhas, começa julgamento de réus da Operação Metástase
A juíza Maristela Aparecida Siqueira D’Aviz começou a ouvir as testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público
Foram iniciadas na manhã desta segunda-feira (28) as audiências de julgamento dos réus da Operação Metástase, acusados de desvios milionários do Fundo Municipal de Saúde, em Umuarama.
A fase atual é a de instrução. A juíza de direito substituta Maristela Aparecida Siqueira D’Aviz começou a ouvir as testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público, autor da ação criminal. Na sequência devem ser realizadas as oitivas das pessoas indicadas pela defesa.
Existe a expectativa de que a instrução seja concluída ainda este ano. A fase seguinte, que deve ficar para depois do recesso do Judiciário (20 de dezembro a 20 de janeiro) será a de alegações finais, última oportunidade que os advogados têm, antes da sentença, para se manifestar sobre o ocorrido nos autos.
O prefeito afastado Celso Pozzobom também é investigado na ação criminal, mas por ter foro especial responde ao Tribunal de Justiça do Paraná, com sede em Curitiba. O processo corre em segredo de justiça, o que dificulta o acesso ao andamento dos trabalhos na corte.
Advogados alegam falta de acesso aos autos
Os advogados de defesa dos réus tentaram adiar as audiências desta segunda-feira, sob a alegação de que ainda não tiveram acesso ao completo teor da denúncia do MP. Considerada linha dura, a juíza Maristela D’Aviz não aceitou o pedido e manteve as oitivas, que devem seguir durante toda a tarde e também nos próximos dias.
As testemunhas têm a opção de serem ouvidas por vídeo conferência, ou presencialmente, na sede do Fórum.
A Operação Metástase foi deflagrada pelo Ministério Público no dia 5 de maio deste ano. Dez pessoas estão presas preventivamente (sete em regime fechado e três em domiciliar). Há réus também em liberdade ou liberdade condicional.
Todos, em maior ou menor grau, são acusados de desvios em contratos do Fundo Municipal de Saúde. O montante contratado no período investigado, conforme o MP, ultrapassa os R$ 17 milhões. Parte desse valor foi para o bolso dos integrantes do grupo criminoso, ainda segundo o MP.