Umuarama está entre as 10 cidades com mais violência contra LGBTQIAPN+ no Paraná
Dados oficiais apontam que a violência contra LGBTQIAPN+ é crescente
Umuarama registrou 25 casos de violência contra pessoas LGBTQIAPN+ em 2025, segundo dados do Painel da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O município aparece entre as dez cidades paranaenses com mais registros neste ano.
No Paraná, foram contabilizadas 1.640 violações de direitos até setembro, com 231 denúncias efetivadas. Em 2024, o estado havia somado 2.230 casos e 291 denúncias. Curitiba lidera os registros de 2025 (602), seguida por Maringá (135), Apucarana (83), Ponta Grossa (57), Londrina (54), Foz do Iguaçu (53), Cascavel (50), Araucária (41), Umuarama (25) e São José dos Pinhais (23).
No Brasil, a violência contra a população LGBTQIAPN+ se mantém em níveis alarmantes. Apenas em 2025 já são 36.443 casos, com 4.395 denúncias formalizadas. Em 2024, foram 48.475 ocorrências, sendo 5.681 denunciadas. O painel considera como violações situações que atentam contra os direitos humanos, como maus-tratos, agressões físicas, exploração sexual e tráfico de pessoas.
Impactos e desafios
“A população LGBTQIA+ sofre diariamente com discriminação, muitas vezes velada, exclusão social, violação de direitos fundamentais, falta de apoio familiar e barreiras no acesso à educação e ao trabalho. Isso pode gerar sofrimento emocional profundo, depressão e até tentativas de suicídio”, afirma Camila Escorsin Scheifer, coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera.
Como denunciar
Qualquer pessoa pode registrar denúncias — seja vítima ou testemunha. Os canais disponíveis são:
- Disque 100 (funciona 24 horas, todos os dias);
- Polícia Militar (190) e Polícia Civil (197);
- Plataformas digitais do MDHC e da ONDH;
- Ministério Público e Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBTs (CNCD/LGBT).
As denúncias são essenciais para orientar políticas públicas e garantir a responsabilização dos agressores.
(OBemdito com informações da Cogna Educação e Ministério dos Direitos Humanos)





