PF apreende 3 toneladas de cocaína em investigação contra organização criminosa no PR
A Operação Viking cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão
O grupo alvo da Operação Viking, deflagrada nesta quinta-feira (5) pela Polícia Federal (PF), já vinha sendo monitorado há algum tempo. De acordo com informações, mais de 3 toneladas de cocaína foram apreendidas durante as ações contra a organização criminosa. Nesta quinta-feira, uma grande operação, com apoio da Guarda Civil Espanhola, mira os responsáveis pelo gerenciamento do tráfico internacional de drogas.
A Operação Viking cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão, nos estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco, além da Espanha. As investigações, que contaram com a cooperação da Receita Federal, Europol, Guarda Civil Espanhola e Polícia Nacional da Croácia, mostraram que a organização criminosa estabeleceu uma complexa estrutura logística para realizar o narcotráfico interestadual e internacional. O esquema envolvia o transporte da droga pelo território nacional, sua preparação e o envio de carregamentos de cocaína ao exterior, utilizando principalmente o modal marítimo.
Os lucros provenientes dessas atividades criminosas eram destinados à ampliação da infraestrutura logística do grupo, por meio da compra de barcos, empresas, imóveis e outros bens que fomentavam a expansão das suas operações. Além disso, o grupo adquiria armas de fogo e munições para reforçar seu poderio bélico e capacidade de intimidação frente a outras facções criminosas.
As investigações também apontaram que as lideranças dessa organização utilizavam diferentes métodos para ocultar e dissimular a origem ilícita dos expressivos ganhos financeiros e do patrimônio acumulado. A operação revelou ainda que o patrimônio milionário foi construído a partir dos crimes cometidos.
Os investigados na Operação Viking responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, com penas que podem chegar a 50 anos de reclusão. Também serão processados por lavagem de dinheiro, com penas que podem alcançar 10 anos de reclusão por cada ação cometida.
(Com informações RIC)