Foto: Colaboração/Arquivo Pessoal

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Caminhoneiro de Umuarama devolve dinheiro após encontrar bolsa em rodovia de SP

A dona do dinheiro havia deixado a bolsa em cima do teto do veículo, após parar para abastecer o carro que estava na reserva

Foto: Colaboração/Arquivo Pessoal
Caminhoneiro de Umuarama devolve dinheiro após encontrar bolsa em rodovia de SP
Rodrigo Mello
OBemdito
20 de julho de 2023 12h09

Na manhã desta quinta-feira (20), um caminhoneiro residente em Umuarama vivenciou uma situação inesperada. Ronaldo Pereira Camargo, 42 anos, funcionário de uma empresa de transporte de cargas, estava retornando para casa após descarregar uma carga de sofás em Guarulhos, São Paulo. Ao passar pelo KM 265 da rodovia Presidente Castelo Branco, na região de Iaras, em São Paulo, ele encontrou uma bolsa contendo R$ 5 mil em dinheiro.

Mesmo ansioso para chegar em casa, Ronaldo não hesitou em verificar o conteúdo da bolsa ao estacionar no acostamento. Ao abrir o acessório, encontrou documentos, um celular, um batom, um isqueiro e o dinheiro. Em seguida, o celular tocou e, ao atender, era a dona da bolsa, que havia perdido o item alguns quilômetros antes. “A primeira coisa que pedi a Deus quando encontrei o dinheiro foi descobrir de quem era. Logo em seguida, ela me ligou”, compartilhou emocionado.

Após confirmar as informações com a dona da bolsa, ambos combinaram um local para a devolução, que aconteceu minutos depois. Tratava-se de um casal aparentando mais de 50 anos, moradores do interior. A mulher agradeceu Ronaldo por devolver o dinheiro, que seria usado para dar entrada em uma casa, resultado da venda de um carro.

A dona da bolsa explicou que a tinha deixado no teto do carro ao parar em um posto de combustível para abastecer, pois o veículo estava na reserva. Ela ofereceu dinheiro a Ronaldo em agradecimento, mas ele recusou, afirmando que agiu como gostaria que fizessem consigo. No entanto, aceitou R$ 100 para tomar um café reforçado na estrada.

Ronaldo é casado e tem três filhos. Trabalhador e de família simples, ele sempre atuou como caminhoneiro e passa a maior parte da semana fora de casa, realizando entregas em diferentes estados.

A atitude de honestidade e compaixão de Ronaldo comoveu a todos, e ele reitera que não pensou duas vezes antes de fazer a devolução, pois sua consciência estaria em paz, mesmo diante das dificuldades financeiras que enfrenta. “Estou muito feliz, chorando até agora”, concluiu o caminhoneiro, católico praticante, que vê a experiência como uma provação em seu caminho.

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