Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Paraná

Delegado Matheus Laiola é alvo de investigação por suspeita de propina

Além do delegado, o Gaeco também cumpriu mandados na residência de outros três agentes ligados à unidade

Foto: Rodrigo Fonseca/CMC
Delegado Matheus Laiola é alvo de investigação por suspeita de propina
Redação
OBemdito
19 de julho de 2022 13h52

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu, na manhã desta terça-feira (19) quatro mandados de busca e apreensão contra ex-agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba. Dentre os investigados, está o delegado Mahteus Laiola, ex-chefe da unidade.

Além do delegado, os mandados, expedidos pela 4ª Vara Criminal de Curitiba, envolvem três investigadores ligados à Delegacia na época – dois deles já se aposentaram, e o terceiro está atualmente em outra delegacia. Um quarto investigador já tinha sido alvo de mandado de busca na primeira fase da operação.

Os suspeitos são investigados pelo crime de concussão – onde o servidor público usa de sua função para exigir vantagem indevida – cometido em fevereiro de 2019.

Segundo informações do Ministério Público do Paraná (MPPR), os agentes usaram o pretexto de irregularidades em um posto de combustível para manter um funcionário na delegacia por cerca de 6 horas exigindo a quantia de R$ 50 mil, que posteriormente foi reduzida para R$ 10 mil, paga pelo dono do posto para que o funcionário fosse liberado.

Com a execução dos mandados, o Gaeco apreendeu R$ 29.255, mil dólares, uma arma de fogo, 16 celulares, documentos e também equipamentos eletrônicos.

O procurador de Justiça e coordenador do Gaeco, Leonir Batisti relatou, ao portal Banda B, detalhes da operação:

“A situação atual veio até o Gaeco, por meio de uma denúncia, que na delegacia pediam dinheiro para não cumprir a função de fiscalização de empresas. Nesta situação específica, nós apuramos que o proprietário de um rede de postos foi envolvido nessa situação de pagamento de propina. Foi levado um funcionário do posto, obrigado a ir à delegacia, ficou lá por horas, até que o proprietário do posto, nesses R$ 50 mil exigidos R$ 10 mil de propina, em face dessa extorsão”, disse.

Laiola afirmou, em nota, que está sendo vítima de perseguição política. A defesa de do delegado, feita pelo advogado Ygor Salmen, fez várias críticas À Operação Mônaco onde alegaram a inocência do então chefe da divisão. Leia na íntegra:

Recebi na manhã desta terça-feira (19), agentes do Ministério Público na minha residência. Muito estranho, pois os motivos da visita não tem qualquer relação direta comigo. São fatos ocorridos há quase 3 anos e coincidentemente no período que me afastei da chefia da DPMA e me tornei pré-candidato a Deputado Federal, os agentes foram até a minha residência para cumprir o mandado de busca e apreensão.

Sempre colaborando com qualquer investigação, entreguei os objetos solicitados. Reforço que estou sereno e confio plenamente na Justiça, no entanto, não iremos ficar calados diante de tal denúncia que partiu de pessoas maldosas e que nada fizeram pelo bem da comunidade.

Agradeço desde já o apoio de todos, e seguiremos ainda mais fortes no objetivo de servir e compartilhar boas ações. Nada vai me desmotivar na luta pela causa animal. Nada vai me tirar a vontade de mudar efetivamente a proteção animal no Paraná e no Brasil“.

A Polícia Civil do Paraná também emitiu uma nota a respeito do caso. Confira:

“A Polícia Civil do Paraná participou do cumprimento dos mandados de busca referentes a investigação do Gaeco, nesta terça-feira (19). A Corregedoria da PCPR conduz as investigações de cunho administrativo para apurar eventuais infrações por parte dos servidores. A PCPR pauta suas ações na retidão ética e técnico-profissional, não compactuando com desvios de conduta.”.

(Redação, com informações MPPR E Banda B)

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