Colegas de trabalho do mototaxista morto dizem que ele não tinha comportamento suspeito

O mototaxista Antônio Marcos de Lima, 48 anos, foi assassinado na noite de terça-feira (18) em Umuarama. O crime ocorreu no bairro Sonho Meu I, em um provável linchamento que teria ocorrido pela suspeita de que Lima teria abusado sexualmente das netas de sua companheira – duas meninas de 6 e 8 anos.

OBemdito esteve na tarde desta quarta-feira (19) no local de trabalho do mototaxista. Conforme colegas, ele trabalhava no local (na rua Ney Braga) há mais de 3 anos. Ao todo, 7 mototaxistas ficam naquele ponto.

Um dos colegas de profissão, que pediu para não ser identificado, informou que na terça-feira Lima foi trabalhar normalmente. Ele foi apontado como sendo um homem muito tranquilo e que em nenhum momento demonstrou ou comentou ter feito algo contra as crianças.

Os colegas de trabalho ficaram surpresos quando souberam da morte e o suposto motivo. “Fomos pegos de surpresa. Ele trabalhou o dia todo aqui com nós. A mulher dele estava aqui ontem também”, disse um dos amigos.

Lima foi velado na Capela da Umuprev na tarde desta quarta-feira e, na sequência, ocorreu o sepultamento no Cemitério Municipal.

Ele foi espancado e agredido até a morte, suspeito de ter abusado de duas garotinhas, que são netas de sua companheira. As informações preliminares são de que o suspeito foi pego dentro de sua casa por populares (na rua Lima Barreto), sofreu as primeiras agressões ainda dentro do quintal da residência, e depois foi arrastado até a rua Mário de Andrade, onde foi assassinado com golpes de pedra e madeira.

A denúncia do suposto crime de estupro ocorreu no último sábado (15) e foi feita por familiares das meninas, na Delegacia de Polícia Civil. Nesta quarta-feira a irmã de Lima conversou com a imprensa e disse não acreditar que ele tenha cometido os supostos abusos – confira a reportagem, com vídeo, aqui.

A Delegacia da Mulher de Umuarama instaurou inquérito para apurar as denúncias. As crianças de 6 e 8 anos foram submetidas a exames no Instituto Médico Legal (IML) e também foram encaminhadas para escuta especializada. As investigações estão em curso.

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