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Aos 68 anos, mulher faz vídeos incentivando mães a abraçarem seus filhos gays

Sheila Martins Araújo, de 68 anos, tem um filho gay e diz que para ela foi um aprendizado. “Não foi […]

Sheila durante uma das transmissões que faz em seu perfil do Instagram. (Foto: Reprodução Redes Sociais)
Sheila durante uma das transmissões que faz em seu perfil do Instagram. (Foto: Reprodução Redes Sociais)
Aos 68 anos, mulher faz vídeos incentivando mães a abraçarem seus filhos gays
Redação - OBemdito
Publicado em 9 de janeiro de 2022 às 11h21 - Modificado em 10 de janeiro de 2022 às 08h56
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Sheila Martins Araújo, de 68 anos, tem um filho gay e diz que para ela foi um aprendizado. “Não foi fácil de início, mas ele e eu nos descobrimos juntos. Ele é tão igual às outras pessoas”, expressa Sheila. Em seu perfil no Instagram, ela cria vídeos para outras mães falando sobre o assunto.

Tudo começou no ano passado, durante a pandemia. “Eu sempre trabalhei com pessoas e sempre fazia palestras motivacionais, mas era sobre assuntos gerais. As pessoas vinham até mim, mães, e reclamam sobre situações assim. Quando veio a pandemia, me bateu um pouco a solidão de poder interagir com as pessoas e, então, compartilhava com amigos e com a família”, relembra.

Colocar a cara na internet foi um desafio. “Meus filhos me falavam que eu era medrosa de aparecer. Me senti pessoalmente desafiada. Então, comecei a postar”, se diverte.

Sheila é mãe de gêmeos, hoje com 38 anos de idade. “Os dois são exemplos de superação, viu? Um nasceu com uma paralisia desde o útero e o médico dizia que ele não iria andar. Mas ele não só anda, como já subiu até o Morro do Ernesto”, se gaba.

Apenas um dos gêmeos é homossexual. Sheila diz que sempre tinha uma suspeita de que algo era diferente.

 “Ele tinha 12 anos na época e não queria se abrir comigo. Até que um dia, eu peguei meu tarô e abri na frente dele, de brincadeira. Tirei a carta do louco, mostrei para ele e disse: ‘Você vai ficar louco se continuar vivendo desse jeito. Vamos abrir o jogo? Tem alguma coisa que você queira me falar? Eu não vou nem conseguir dormir direito”, relata.

Na época, o momento foi de dificuldade para toda a família. “Não foi fácil. Choramos, nos abraçamos. O pai dele na época não aceitava, dizia que era uma crise, uma fase. Mas eu falava que não, que não tinha nada disso. Sentimos também a rejeição dentro da própria família. Mas fomos aprendendo e enfrentando juntos”, reforça.

Hoje, mais de 20 anos depois, a relação de mãe e filho é de cumplicidade e parceria. “Hoje, ele é meu parceiro. A relação com o pai também é melhor nesse sentido. Inclusive, sou muito amiga dos ex-namorados dele, são meus amigos, trocamos altas fofocas”, ri.

E essa parceria com o filho gay é o que Sheila quer ajudar as pessoas a alcançar. “No final das contas, é isso que eu quero que todos vivenciem. É tão fácil ser feliz, é só não complicar”, expressa.

Todos os vídeos de Sheila estão disponíveis no Instagram @sheilaimartinsfofinha.

(CAMPO GRANDE NEWS)

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