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Prefeitura inicia exoneração de guarda preso por suspeita de matar ex-namorada a tiros

Luiz Fernando - OBemdito

Publicado em 21 de dezembro de 2025 às 16h52 - Modificado em 21 de dezembro de 2025 às 16h52

A Prefeitura de Maringá deu início ao processo de exoneração de um guarda municipal, de 46 anos, suspeito do feminicídio que matou Jéssica Daiane Cabral de Oliveira, de 30 anos, no Conjunto Madrid.

A exoneração do guarda começou a ser analisada após a prisão do suspeito na manhã de sábado (20), em uma ação conjunta da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Guarda Civil Municipal de Maringá. Ele era considerado foragido desde a madrugada, quando o crime foi registrado.

Durante as buscas, as forças de segurança localizaram e apreenderam o veículo utilizado na fuga. Um homem suspeito de auxiliar o guarda após o crime também foi preso e encaminhado à Delegacia da Polícia Civil.

O feminicídio ocorreu dentro da residência da vítima, na Avenida Francisco Sebrian Madrid. Segundo as investigações, o suspeito e Jéssica tiveram um relacionamento breve, encerrado há mais de quatro meses. Mesmo após o término, ele não aceitava o fim da relação, apresentava comportamento possessivo e fazia ameaças constantes.

Testemunhas relataram que, na madrugada do crime, o suspeito invadiu o imóvel armado, derrubando o portão. Jéssica tentou impedir a entrada e informou que a filha, de 7 anos, estava na casa. O guarda efetuou diversos disparos contra a vítima, que morreu antes da chegada do socorro. A criança foi retirada do local por um vizinho, enquanto um homem que estava na residência se escondeu no banheiro.

Em nota, a Prefeitura de Maringá repudiou o crime e informou que o guarda não estava em serviço no momento do ocorrido. A administração municipal confirmou que ele possuía porte de arma regular e laudo psicológico válido, mas destacou que isso não reduz a gravidade dos fatos.

Segundo o município, a Corregedoria da Guarda Civil Municipal instaurou procedimentos administrativos internos que podem resultar na exoneração definitiva do agente, respeitando o devido processo legal. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.