Paraná mantém ritmo de crescimento e supera média nacional nas vendas

O comércio paranaense segue em trajetória de expansão e encerrou os dez primeiros meses de 2025 com desempenho acima da média nacional. De janeiro a outubro, o Estado registrou alta de 2,4% no volume de produtos vendidos, em comparação com o mesmo período de 2024. Os dados integram a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE.

No mesmo intervalo, o Brasil apresentou crescimento de 1,5%. Com isso, o Paraná volta a ocupar posição de destaque entre importantes economias estaduais. Unidades como Minas Gerais e Bahia avançaram 1,6%, enquanto Goiás cresceu 1%, São Paulo ficou em 0,5% e o Rio de Janeiro registrou queda de 2%.

O bom resultado paranaense tem relação direta com o desempenho de segmentos que tradicionalmente impulsionam o varejo. O grupo de eletrodomésticos, por exemplo, apresentou crescimento de 14,5% no volume de vendas, liderando os indicadores positivos. Logo atrás, apareceram tecidos, vestuário e calçados, com aumento de 6,8%, e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que avançaram 3,3%.

Hipermercados e supermercados, setor de maior peso na estrutura do varejo estadual, também contribuíram, com alta de 2,8% no acumulado do ano.

No varejo ampliado, que agrega materiais de construção e categorias de atacado, o avanço também foi consistente. As vendas de materiais de construção cresceram 4,2%, enquanto o atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo teve variação positiva de 0,5%.

Quando a comparação se restringe a outubro de 2025 frente ao mesmo mês de 2024, o varejo paranaense apresentou alta de 1,6%. Mais uma vez, o grupo de outros artigos de uso pessoal e doméstico liderou as variações, com salto de 15,9%. Eletrodomésticos, artigos farmacêuticos e hipermercados e supermercados também registraram crescimento.

Além da expansão no volume comercializado, houve avanço significativo na receita nominal. O indicador mede o faturamento total antes de descontos e impostos e ajuda a dimensionar a capacidade de investimento das empresas. De janeiro a outubro, a receita de vendas cresceu 14,4% no segmento de eletrodomésticos e 12,1% em tecidos, vestuários e calçados. Hipermercados e supermercados tiveram alta de 9,1%, materiais de construção subiram 8,9% e outros artigos de uso pessoal e doméstico avançaram 8,7%.

A comparação mensal também evidencia um ritmo mais acelerado de faturamento em algumas categorias. Em outubro, frente ao mesmo mês de 2024, outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceram 22,2%, enquanto móveis avançaram 11%. Artigos farmacêuticos tiveram alta de 6,9% e tecidos, vestuários e calçados, 6,2%.

Os dados reforçam o fortalecimento da confiança do setor. Para analistas, receitas maiores ampliam margens operacionais e dão segurança ao planejamento das empresas, tanto em estratégias de estoque quanto em crédito e expansão de serviços.

O conjunto desses indicadores indica um fim de ano positivo para o comércio paranaense. Além do Natal, período que tradicionalmente aquece as vendas, o setor deve sentir também os efeitos da Black Friday, que movimentou novembro com maior circulação de consumidores e promoções mais agressivas. A junção desses fatores tende a consolidar um encerramento de 2025 mais favorável para lojistas e fornecedores.

A Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE acompanha o comportamento conjuntural do setor varejista em todo o País. O levantamento considera empresas formalmente constituídas com 20 ou mais empregados e apresenta resultados de volume e receita nominal no varejo e no varejo ampliado. Os dados completos estão disponíveis no banco Sidra, plataforma oficial de informação estatística do Instituto.

(Com iinformações da Agência Estadual)

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