Foto: Divulgação/PCMG
Uma menina indígena venezuelana, de 12 anos, morreu no último domingo (13), após complicações decorrentes de um parto de emergência realizado no Centro Materno-Infantil (CMI) de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Ela estava grávida de 32 semanas, o equivalente a oito meses, e vivia com a família em uma ocupação de indígenas venezuelanos no município.
A mãe da jovem descobriu a gestação apenas em junho, ao perceber o crescimento da barriga e decidir realizar um teste de farmácia, que confirmou a gravidez. De acordo com relatos dos familiares, a jovem não havia contado a ninguém sobre o que estava acontecendo, por não compreender os sintomas que sentia.
A menina vivia em condição de extrema vulnerabilidade social, em uma ocupação indígena de imigrantes venezuelanos.
Parentes relataram que a gestação resultou de relações com um vizinho da comunidade, de 22 anos. A situação é tratada como estupro de vulnerável. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar os fatos.
A criança apresentou dores intensas de cabeça na sexta-feira (11) e, logo depois, os familiares a levaram a uma unidade de saúde próxima. Conforme relato de um parente, os profissionais do posto não aferiram a pressão arterial da paciente, apenas a medicaram para dor e a mandaram de volta para casa.
As dores continuaram a se intensificar ao longo do dia e posteriormente a menina de 12 anos perdeu a consciência. Diante da piora no estado de saúde, a família a levou ao hospital na manhã seguinte, sábado (12).
Ao chegar ao CMI de Betim, os médicos constataram a gravidade do quadro e decidiram realizar uma cesariana de emergência. O bebê, um menino, nasceu e permanece internado, sob os cuidados da equipe médica. Ele não corre risco de morte, segundo informações repassadas pela Prefeitura.
Logo após o parto, a menina apresentou uma hemorragia cerebral provocada por um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A levaram novamente ao centro cirúrgico para tentar conter o sangramento, mas ela não resistiu.
Em nota oficial, a Prefeitura de Betim afirmou que a equipe multiprofissional seguiu todos os protocolos clínicos e acompanhou a paciente, oferecendo também apoio psicológico à família.
“A paciente deu entrada no Centro Materno-Infantil em estado gravíssimo. Devido à gravidade do caso, foi necessário realizar um parto de emergência. O óbito ocorreu em decorrência de complicações gestacionais. Todos os protocolos indicados foram rigorosamente seguidos”, informou o município.
A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Betim. De acordo com a corporação, “a investigação visa esclarecer os fatos e, entre outras diligências, apurar o crime de estupro de vulnerável”.
A identidade do homem apontado como pai da criança, um vizinho da comunidade onde a criança morava, também está sendo analisada pelos investigadores.
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