Foto: Danilo Martins/OBemdito

Política

Scanavaca: ‘Volto para a política para que Umuarama tome um rumo certo’

Além da preocupação com a economia, Scanavaca destaca a necessidade de estabilidade política e a resolução de problemas antigos da cidade

Scanavaca: ‘Volto para a política para que Umuarama tome um rumo certo’
Rodrigo Mello
OBemdito
8 de maio de 2024 16h49

O pré-candidato a prefeito de Umuarama, Fernando Scanavaca, visitou OBemdito nesta quarta-feira (8). Em entrevista, ele falou sobre suas propostas para o município. Atualmente no Republicanos, Scanavaca defende investimentos públicos mais pesados como forma de incentivar o desenvolvimento econômico e social.

“Eu quero fazer com que essa cidade tome um rumo certo, o rumo do desenvolvimento e do social, para que os nossos jovens possam ter um futuro melhor. Nós brigamos muito para que Umuarama tivesse uma universidade gratuita, se hoje temos a UEM, foi graças ao trabalho que fizemos como prefeito”, afirmou.

Além de investir em projetos para os jovens, o pré-candidato destacou a necessidade de ampliar as estruturas das creches para atender aos trabalhadores. “Hoje temos 300 vagas faltando. Na nossa época, comprávamos vagas na rede privada. Por que não podemos voltar a fazer isso?”, questionou.

Economia

Conforme Scanavaca, ao mesmo tempo que é necessário investir, também é preciso economizar. Dados da prefeitura de Umuarama apontam que para o ano que vem o orçamento do município será de quase R$ 1 bilhão.

“Se eu economizar R$ 1 milhão por mês, no final do ano terei 12 milhões para investir na saúde e educação. Na minha época, no último mandato, em 2004, já existia internet e já existiam computadores para as crianças da quarta série. Eu quero discutir com a sociedade e com cada segmento os investimentos necessários para atender as áreas prioritárias do município”, enfatizou.

Agricultura

Responsável pela criação de diversos programas na área da agricultura nas duas gestões em que governou Umuarama, entre eles a Feira do Produtor de Quarta-feira, que depois foi ampliada para outros locais e dias da semana, Scanavaca observa a necessidade de voltar a dar atenção a esse setor. Conforme o candidato, entre as suas ambições está a instalação de uma Ceasa (Central de Abastecimento do Paraná) na cidade.

“Eu criei a Feira pensando em nós termos um Ceasa. É uma questão de sentar e discutir com os produtores e com a direção do Ceasa Paraná. É isso que vamos fazer, trazer as pessoas, para discutir o que elas querem. Eu acredito que hoje a administração precisa ter a participação social”, pontuou.

Poliesportivo

Muito questionado por todos, o ex-prefeito também falou sobre o Poliesportivo, que foi construído em Umuarama na sua gestão e inaugurado em 2007, pelo ex-prefeito Luiz Renato. A estrutura, que foi consumida por uma erosão, custou na época R$ 2,5 milhões e já consumiu R$ 23 milhões em recursos públicos, sendo R$ 18 milhões para as obras de contenção e mais R$ 5 milhões, que estão sendo gastos para a implementação de um parque ambiental.

“Me acusam de uma coisa que não é minha. Aquilo foi a administração de Luiz Renato, não foi a administração de Fernando Scanavaca. Eu fiz o projeto, fiz a obra, não deu tempo de acabar dentro da minha administração. Aquela obra seria a redenção do esporte profissional para Umuarama”, disse.

Preocupação

Além da preocupação com a economia e com a estabilidade política e jurídica de quem for ocupar o cargo, o pré-candidato, que não possui processos na justiça, também enfatiza a necessidade de investimentos para resolver problemas antigos da cidade, como é o caso das inundações que ocorrem em diversas partes da cidade. Um dos locais mais atingidos, normalmente, é a rua Rui Ferraz de Carvalho, onde a enxurrada invade estabelecimentos comerciais e órgãos públicos.

“Nós temos que resolver essa situação. Ali é caro, são investimentos, que precisam ser feitos. A galeria vem até ali em frente do Banco do Brasil. A água do Alto São Francisco desce tudo ali. Então nós vamos fazer o quê? Precisamos buscar recursos junto ao governo do Estado e ao governo Federal para resolver esse problema”, planejou.

Gestão

Durante a sua administração municipal, Scanavaca foi responsável por diversos programas de incentivo à geração de renda e ao desenvolvimento humano. Na sua gestão, a cidade iniciou o plantio de soja através do Programa de Arrendamento de Terras, que viabilizou a recuperação do solo e a diversificação de culturas.

Na área de desenvolvimento humano, o ex-prefeito foi premiado por duas vezes pela Fundação Abrinq pelos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, por ter instalado nos bairros da cidade as oficinas esportivas, o que possibilitou a mais de duas mil crianças a prática do esporte e impediu que elas ficassem nas ruas fora do período escolar.

Alianças

Atualmente no Republicanos, Scanavaca, que começou sua carreira política no PDT (Partido Democrático Trabalhista), no qual militou até 2018, quando deixou a agremiação para se filiar ao Podemos, partido em que esteve até o final de março. Conforme ele, a sigla está conversando com outras agremiações para construir uma aliança com vários partidos.

“Nesse momento, em que me filiei ao Republicanos, que foi praticamente nos 48 minutos do segundo tempo, as conversações já estavam em andamento”, disse. “Até agosto, está tudo aberto. A campanha mesmo começa a partir do dia 5 de agosto”, completou.

Histórico

Natural de Oriente, São Paulo, Fernando Scanavaca tem dois filhos e é casado. Graduou-se em Engenharia Mecânica, na cidade de Bauru (SP). Ingressou na política em 1996, elegendo-se prefeito de Umuarama, tendo obtido nova vitória em 2000.

Na eleição de 2006 concorreu a deputado estadual e ficou como primeiro suplente do PDT, ocupando a cadeira na Assembleia Legislativa (Alep) em 2008, na vaga deixada por Edgar Bueno, que renunciou ao cargo para assumir a prefeitura de Cascavel, no oeste do Estado. Na época fez 30.718 votos.

Em 2010, quando participou novamente das eleições, já no mandato de deputado, foi eleito com 48.369 votos, sendo reeleito em 2014, com 35.905 sufrágios. Em 2018, acabou desistindo da candidatura para cuidar de projetos pessoais.

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