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Batismo religioso é realizado com 10 presos da Cadeia Pública de Umuarama

Uma ação inédita foi desenvolvida na Cadeia Pública de Umuarama: um batismo religioso. O evento foi realizado na última sexta-feira […]

Foto: Polícia Penal do Paraná
Foto: Polícia Penal do Paraná
Batismo religioso é realizado com 10 presos da Cadeia Pública de Umuarama
Redação - OBemdito
Publicado em 27 de março de 2024 às 19h10 - Modificado em 27 de março de 2024 às 19h11
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Uma ação inédita foi desenvolvida na Cadeia Pública de Umuarama: um batismo religioso. O evento foi realizado na última sexta-feira (22) pela equipe da Universal Nos Presídios (UNP) e promoveu o batismo de 10 pessoas privadas de liberdade (PPL) na religião evangélica.

Desde a sua inauguração em 1.979, quando ainda era denominada carceragem, a unidade penal nunca havia sido palco de um batismo religioso. A ação vem ao encontro da proposta da Polícia Penal do Paraná (PPPR), sob a gestão plena das cadeias públicas, de tratar os apenados com mais dignidade e sensibilidade, possibilitando um tratamento penal cada vez mais humanizado.

O diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini, explicou que atualmente a Polícia Penal do Paraná tem a incumbência de exercer na totalidade os trabalhos de custódia e segurança penitenciária – já que atualmente não se tem mais pessoas reclusas em carceragens da Polícia Civil, ou mesmo em delegacias de polícia. Porém, além disso, cabe à Polícia Penal criar e gerir formas de tratamento penal.

“O tratamento penal é um braço forte para que este indivíduo que ingressou ao sistema penitenciário tenha a possibilidade de retornar futuramente ao meio social de uma forma adequada economicamente, com valores humanos, com estrutura familiar e, claro, estes trabalhos de cunho espiritual através da aproximação de instituições religiosas desenvolvem um trabalho de assistência e de atenção ao apenado, que são muito importantes deste período em que ele está segregado da sociedade”, explica.

Ferracini acrescenta: “A forma como este indivíduo irá retornar para o meio social é de responsabilidade da Polícia Penal, que precisa do apoio de muitas instituições, como conselhos, tribunais, poder judiciário, Ministério Público, defensorias, empresas parceiras, ou seja, muita gente importante e muitas instituições de importância para que se consiga efetivar a ressocialização de pessoas. O trabalho espiritual e o apoio das instituições religiosas também se consolida como um braço forte neste processo de recuperação”.

O gestor da Cadeia Pública de Umuarama, o policial penal Helton Bezerra de Lima, salientou a importância deste tipo de atividade para os custodiados e agradeceu o apoio dos envolvidos.

“O dia do evento marcou a implementação das unidades de Gestão Plena da PPPR em todo o Paraná. E, graças à parceria e empenho dos bravos membros da Universal Nos Presídios, foi possível realizar esse evento de tão grande importância e significado. A Polícia Penal está cada vez mais levando segurança para sociedade e dignidade aos apenados, através de um tratamento penal justo”, disse.

A crença religiosa desempenha significativo papel dentro do sistema prisional, pois está diretamente ligada à esperança e consolo, pois, para muitos, a religião oferece uma estrutura espiritual que os ajuda a lidar melhor com o estresse, o isolamento e a solidão que frequentemente enfrentam na vida na prisão.

O credo também está ligado à transformação pessoal, pois muitos apenados encontram ali um caminho para o arrependimento de seus erros, buscando, assim, o perdão e uma vida mais ética e virtuosa.

A religião pode, ainda, atuar como suporte comunitário, pois a participação em atividades dentro da prisão pode oferecer aos custodiados um senso de comunidade e pertencimento, no qual eles podem encontrar apoio emocional, orientação espiritual e amizades significativas entre outros crentes, sendo de extrema importância para a redução de comportamentos negativos, além de servir como preparação para a reintegração social ao final da pena.

Embora a religião possa ter muitos benefícios neste ambiente, é necessário que haja respeito pela diversidade de crenças e que a liberdade religiosa de todos os apenados seja protegida.

(Assessoria Polícia Penal do Paraná)

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