Foto: Danilo Martins/OBemdito

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Bolsonaro é alvo de Operação da PF e terá que entregar o passaporte em até 24 horas

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Bolsonaro é alvo de Operação da PF e terá que entregar o passaporte em até 24 horas
Redação
OBemdito
8 de fevereiro de 2024 08h27

O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quinta-feira (8), que tem como objetivo investigar uma organização criminosa que, segundo a corporação, “atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder”. Foi determinado que Bolsonaro seja impedido de sair do país, de se comunicar com outros investigados e que entregue o passaporte em até 24 horas.

Durante a Operação Tempus Veritatis estão sendo cumpridos, ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares, incluindo a suspensão do exercício de funções públicas.

Entre os alvos de mandados de busca e apreensão estão aliados do ex-presidente, como Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Almir Garnier e Tercio Arnaud. Já os alvos dos mandados de prisão estão Rafael Martins de Oliveira, Filipe Garcia Martins e Marcelo Costa Camara.

As medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridas nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.

“As apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, informou a PF.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”, completou a corporação.

Já o segundo eixo de atuação do grupo, de acordo com o comunicado, consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em “ambiente politicamente sensível”.

Por fim, a PF destacou que os fatos investigados configuram crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

(Redação, com informações Agência Brasil e O Globo)

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