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Saúde

Município enfrenta dificuldades para abastecer UBS com medicamentos

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Município enfrenta dificuldades para abastecer UBS com medicamentos
Assessoria Prefeitura
OBemdito
24 de maio de 2022 19h35

Nas últimas semanas, a Secretaria Municipal de Saúde tem encontrado dificuldades para adquirir determinados medicamentos e abastecer as unidades básicas dos bairros. Duas licitações realizadas recentemente não tiveram êxito. O obstáculo maior, conforme os fornecedores, tem sido a falta de insumos para produção de alguns fármacos de grande procura.

A escassez de produtos tem atingido inclusive a rede farmacêutica. “Muitos remédios não estão sendo encontrados nem nas farmácias, onde há livre concorrência. Essa carência tem causado algum transtorno nas nossas unidades básicas de saúde, mas a situação deve ser amenizada com a compra emergencial que faremos nos próximos dias”, informou a diretora da Secretaria de Saúde, Simony Rodrigues Bernardelli.

Conforme a chefe da Divisão de Assistência Farmacêutica, Camila Bertolin de Oliveira, até medicamentos e insumos adquiridos pelo município em outras licitações estão tendo as entregas postergadas. “Os fornecedores têm pedido prorrogação de prazo para entrega de forma constante. Eles alegam problemas na aquisição devido às dificuldades enfrentadas pelos laboratórios, por conta da falta de insumos”, explicou.

Nas farmácias das unidades de saúde têm faltado clonazepan comprimido (que pode ser substituído pela apresentação em gotas, mediante o receituário médico) e certos injetáveis – especialmente para tratar sintomas da dengue –, além de alguns tipos de remédios que podem ser substituídos por medicamentos da mesma classe farmacológica.

Nos primeiros meses do ano (até 23 de maio), as unidades de atendimento da Secretaria Municipal de Saúde forneceram 188.124 receituários para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e foram dispensadas 3.994.860 unidades de medicamentos.

A carência é tanta que até para conseguir orçamentos – necessários em qualquer processo de aquisição no setor público – tem sido difícil, além de empresas não garantirem o valor informado na estimativa de preço. “Para evitar o desabastecimento das unidades realizaremos uma compra emergencial de injetáveis e também estamos cobrando dos fornecedores a entrega dos medicamentos já adquiridos”, acrescentou Simony.

Além dessas ações, a Central Farmacêutica está contingenciando a distribuição de medicamentos para manter os estoques pelo maior tempo possível, até a chegada de novas remessas. “As farmácias das unidades fornecem a quantidade exata do medicamento prescrito nas receitas. Estamos fazendo o possível para reverter a situação, mas para realizar as aquisições dependemos da disponibilidade dos produtos no mercado”, completou Camila.

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