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Réu na Operação Metástase, Cícero Laurentino tem habeas corpus para deixar a prisão

Ainda assim, ex-diretor da Prefeitura de Umuarama segue na cadeia, aguardando o julgamento de outros recursos para ganhar liberdade condicional

Foto: Reprodução de Redes Sociais
Foto: Reprodução de Redes Sociais
Réu na Operação Metástase, Cícero Laurentino tem habeas corpus para deixar a prisão
Redação - OBemdito
Publicado em 29 de março de 2022 às 19h23 - Modificado em 29 de março de 2022 às 22h30
Gastro Umuarama

A defesa de José Cícero da Silva Laurentino, 55 anos, conseguiu habeas corpus para que saia do mini presídio de Campo Mourão, mas ele segue na cadeia, por conta de outros crimes que estão sendo investigados no âmbito das operações Metástase, deflagrada pelo Ministério Público do Paraná, e Jaborandi, da Polícia Federal.

A soltura foi confirmada em mensagens de whatsapp pela esposa de Laurentino, Marlow Gusmão, à reportagem de OBemdito na tarde desta terça-feira (29). Ao repórter, ela afirmou que o marido estava na casa de um irmão dela, “tomando as últimas providências”, e que estava “impedida de dar mais detalhes”.

Mais tarde OBemdito levantou que o alvará de soltura expedido pela juíza Maristela Aparecida Siqueira D’Aviz, da 1ª Vara Criminal de Umuarama, ainda não é suficiente para a liberdade de Laurentino porque ele responde a outros crimes, que também necessitam do julgamento de recursos interpostos pela defesa.

O repórter voltou a manter contato com Gusmão depois da publicação da matéria, para saber se ela mantinha a informação sobre a soltura do marido, ao que respondeu: “Tudo ao seu tempo, porque ele saindo já tem mandado de prisão de muitos que devem, existem centenas”. Marlow Gusmão sempre se apresentou como jornalista e, portanto, conhece os protocolos de checagem de notícias.

Após quase 11 meses detido, Cícero segue como réu da Operação Metástase, junto com outros 11 investigados – alguns estão em liberdade ou liberdade condicional e seguem detidos preventivamente.

Todos, em maior ou menor grau, são acusados de desvios em contratos do Fundo Municipal de Saúde. O montante contratado no período investigado, conforme o Ministério Público do Paraná (MPPR), ultrapassa os R$ 19 milhões. Parte desse valor foi para o bolso dos integrantes do grupo criminoso, segundo o MPPR.

Entre os meses de novembro e dezembro aconteceu a fase de instrução do processo dos 11 réus. Todas as testemunhas apresentadas pela defesa e pela acusação foram ouvidas. A expectativa era de que no mês de fevereiro acontecessem os interrogatórios dos réus, porém, OBemdito não obteve informações se o procedimento foi realizado. O processo segue em segredo de justiça, o que dificulta o acesso às informações.

Operação Jaborandi

Em depoimento à Polícia Federal no mês de dezembro de 2021, no âmbito da Operação Jaborandi, o ex-diretor de Assuntos Institucionais da Prefeitura de Umuarama, Cícero Laurentino, confirmou o esquema de desvio de recursos em obras geridas pelo município, com recursos próprios ou do governo federal, e incriminou diretamente o prefeito Celso Pozzobom.

“Não sei o que ele (prefeito) fazia com tanto dinheiro produto de propina que lhe era entregue, mas o prefeito Celso sempre teve muitas terras e muito gado, e a maioria de seus bens são registrados em nomes de familiares”, afirmou Laurentino.

Relembre outros detalhes aqui.

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