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Advogado de Pozzobom diz que ex-diretor é peça fundamental para esclarecer sobre cheque

Para defensor, vereadores trabalham com o único propósito de condenar Pozzobom, sem a devida apuração dos fatos

Reunião da segunda Comissão Processante contra o prefeito afastado Celso Pozzobom, na Câmara de Vereadores de Umuarama
Reunião da segunda Comissão Processante contra o prefeito afastado Celso Pozzobom, na Câmara de Vereadores de Umuarama
Advogado de Pozzobom diz que ex-diretor é peça fundamental para esclarecer sobre cheque
Redação - OBemdito
Publicado em 8 de dezembro de 2021 às 21h11 - Modificado em 9 de dezembro de 2021 às 12h19
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O advogado Gustavo Bonini Guedes, um dos responsáveis pela defesa do prefeito afastado Celso Pozzobom, disse que os vereadores que integram a segunda Comissão Processante (CP) na Câmara atuam com o firme propósito de condenar e cassar o mandato do gestor, sem a devida apuração dos fatos.

A segunda Comissão apura se Pozzobom pagou parcela de um apartamento pessoal, em Umuarama, com cheque do Hospital Norospar, como indicado no âmbito da Operação Metástase.

Conforme o advogado, não está claro que o cheque de R$ 54 mil trocado por dinheiro em espécie por um “agiota” de Umuarama seja proveniente de alguma empresa contratada pela Prefeitura.

Quem levou o cheque para o “agiota” fazer a troca teria sido o ex-diretor de Assuntos Institucionais da Prefeitura, Cícero Laurentino. Por isso, o defensor insiste para que Laurentino seja ouvido pela Comissão. O pedido para que ele preste depoimento foi recusado duas vezes pelos vereadores, segundo Guedes.

“Se o Cícero levou o cheque para ser trocado, ele é peça fundamental na investigação. A única pessoa que pode comprovar a origem do dinheiro é o Cícero, é a peça que falta, e (os vereadores) não querem ouvi-lo”, alegou Guedes.

Segundo o advogado, Pozzobom costuma fazer trocas de cheques com o “agiota”, como forma de antecipar pagamentos de clientes em sua madeireira. “Não há problema nenhum nisso. Essa relação vinha de muito tempo antes de o Celso assumir a Prefeitura”.

“É importante aclarar que o Celso Pozzobom afirma que em nenhum momento recebeu vantagem da Norospar e que não se lembra da origem do cheque que pediu para Cícero trocar. Estão, vamos ouvir o ex-diretor”.

Cícero Laurentino está preso desde o dia 5 de maio, pela Operação Metástase, sobre supostos desvios de recursos da saúde. Ele também é suspeito de integrar uma quadrilha que desviava recursos públicos de obras. A operação, batizada de Jaborandi, está com a Polícia Federal.

Em depoimento a PF no dia 17 de novembro, Laurentino confirmou o esquema de desvios de dinheiro em obras geridas pela Prefeitura e envolveu diretamente o prefeito Celso Pozzobom no esquema criminoso. Informações extraoficiais dão conta de que o ex-diretor fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público.

Procurado por OBemdito, o presidente da segunda Comissão Processante, João Paulo Maciel de Oliveira, o Sorrisal, afirmou que o advogado de Pozzobom age de forma estratégica para protelar os trabalhos do grupo. “Por que ele (advogado) não arrolou o Cícero como testemunha de defesa”, questionou. “Os trabalhos vão continuar, seguindo o rito legal, garantindo a ampla defesa do prefeito”.

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