Operação Juros e Pólvora: PMs são investigados por corrupção e violação de sigilo funcional
A Operação Juros e Pólvora cumpriu, na manhã desta terça-feira (16), mandados de busca e apreensão contra dois policiais militares investigados por crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional, em Quedas do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná.
A ação foi conduzida pelo Núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, em conjunto com a Corregedoria-Geral da Polícia Militar. Ao todo, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos, com autorização do Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar do Estado.
Nesta quinta fase da Operação Juros e Pólvora, os policiais militares foram investigados por supostamente receberem vantagens financeiras ilícitas para a prática de atos de ofício em favor de terceiros. Durante o cumprimento das ordens judiciais, as equipes apreenderam celulares, equipamentos eletrônicos, documentos, 106 munições dos calibres 9 mm, .38 e .12, além de 274 espoletas.
Um dos policiais foi preso em flagrante por posse de munições em desacordo com determinação legal e, por decisão judicial, afastado de suas funções. O material apreendido foi encaminhado para perícia e deve subsidiar a continuidade das investigações. A ação contou com o acompanhamento de equipes da Corregedoria da Polícia Militar de Cascavel e Londrina.
As investigações da Operação Juros e Pólvora tiveram início em meados de 2024, após denúncia envolvendo a venda ilegal de armas e munições e a prática de agiotagem por um advogado de Quedas do Iguaçu.
Com o avanço das apurações, o inquérito passou a abranger outros investigados, entre eles policiais militares, vereadores, secretário municipal, servidores e ex-servidores públicos, além do cumprimento de mandados no município de Tigrinhos, em Santa Catarina.

(Com informações MPPR)





