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Ministério do Trabalho resgata 57 trabalhadores em condições análogas à escravidão em Itambé

Ministério do Trabalho resgata 57 trabalhadores em condições análogas à escravidão em Itambé
Luiz Fernando - OBemdito
Publicado em 24 de outubro de 2025 às 15h24 - Modificado em 24 de outubro de 2025 às 15h24

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 57 trabalhadores em condições análogas à escravidão em Itambé, na região de Maringá. Entre as vítimas estavam 46 indígenas Guarani-Kaiowá, aliciados no Mato Grosso do Sul para atuar no corte de cana-de-açúcar, sob servidão por dívida e em alojamentos precários.

A operação, considerada uma das maiores dos últimos anos no Paraná, foi conduzida por auditores fiscais do trabalho com apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar do Paraná. Segundo o MTE, os trabalhadores foram submetidos a jornadas exaustivas e viviam em condições insalubres, sem acesso adequado a água potável ou instalações sanitárias.

Após o resgate, o Ministério garantiu o pagamento das verbas trabalhistas devidas. A quitação ocorreu na manhã de quinta-feira (23). Em seguida, os 46 indígenas Guarani-Kaiowá retornaram às aldeias de origem no Mato Grosso do Sul, em dois ônibus escoltados pelas forças policiais, num trajeto de cerca de 500 quilômetros até os municípios de Amambai e Dourados.

O MTE informou que o caso será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério Público Federal para responsabilização dos envolvidos. A ação faz parte do programa de combate ao trabalho escravo em Itambé e integra os esforços nacionais para erradicar formas contemporâneas de exploração laboral.

(Com informações e vídeo PRF)

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