O prefeito Armandinho, de Cruzeiro do Oeste: crise política no pior momento em 10 meses de gestão
O governo municipal de Cruzeiro do Oeste atravessa sua fase mais delicada desde o início do mandato do prefeito Armando Cerci Junior, o Armandinho. Eleito com a promessa de modernizar a administração pública e aproximar o poder municipal da população, o gestor agora enfrenta uma crise política e de imagem sem precedentes.
Nas redes sociais, grupos de moradores começaram a se organizar para um ato público que cobra eficiência, transparência e respeito aos cidadãos. A convocação, que circula com o título “Cruzeiro do Oeste, é hora de acordar”, reflete o sentimento de descontentamento crescente.
O texto chama a população para sair às ruas em protesto pacífico, defendendo um governo mais ativo, comprometido e presente nas demandas do município.
Enquanto o movimento popular ganha força, a oposição na Câmara de Vereadores também intensifica as críticas a Armandinho e sua equipe. A vereadora Rosy Anne Bertocco tem sido uma das vozes mais firmes contra a atual gestão.
Em discurso recente, ela afirmou que a cidade vive um cenário de “descaso e descrença”, citando problemas na saúde, atrasos em pagamentos e fechamento antecipado de unidades públicas.
Segundo a parlamentar, postos de saúde, centros odontológicos e o Centro do Idoso passaram a encerrar o expediente às 13h30, o que, para ela, representa “economia nas costas do povo”.
Rosy Anne relatou ainda um episódio que acentuou a crise da administração: a decisão de marcar com tinta e um “X” os túmulos considerados abandonados no cemitério municipal.
A medida, tomada pela equipe do prefeito Armandinho, gerou forte indignação popular e repercussão negativa. Famílias denunciaram casos em que sepulturas regulares, com documentação e manutenção, foram pintadas sem aviso prévio. Uma delas relatou que, ao retornar para colocar as cinzas de um parente cremado, encontrou outro corpo enterrado em seu jazigo.
A vereadora classificou a ação como “desumana e cruel”, enquanto moradores lotaram as redes sociais com críticas. Para a população, o cemitério é um espaço sagrado que exige respeito, e a iniciativa da prefeitura foi vista como um ato de profundo desprezo pela memória dos falecidos.
O episódio, somado ao decreto de contingência de despesas e às denúncias de má gestão em diferentes áreas, fez desabar o capital político de Armandinho, que vê seu apoio popular se esvair rapidamente. O prefeito, que chegou ao cargo cercado de expectativa e discurso de renovação, agora é alvo de uma mobilização crescente que pede mudanças urgentes na forma de governar.
Sem respostas concretas e com a imagem abalada, Armandinho tenta conter o desgaste, mas o sentimento nas ruas é de impaciência. Cruzeiro do Oeste, que esperava por um novo tempo de progresso, vive hoje o desafio de recuperar a confiança de uma população que cobra resultados e respeito.
Procurada, em nota, a assessoria de imprensa do prefeito Armandinho respondeu o que segue: “A Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Oeste respeita toda manifestação pacífica e entende que o diálogo é fundamental na vida democrática. No entanto, reforça que sempre esteve, e continua de portas abertas para o diálogo real, esclarecimentos e conversas diretas com a população. Seguimos trabalhando com transparência e responsabilidade para atender às necessidades da cidade e da população”.
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