Promotor Guilherme Franchi da Silva Santos detalha ações da Operação Mosaico, que prendeu lideranças do PCC (Foto Danilo Martins/OBemdito)
Às 11h desta quarta-feira (22), o Ministério Público do Paraná (MPPR) realizou uma coletiva de imprensa na sede do órgão em Umuarama para detalhar os resultados da Operação Mosaico, deflagrada nas primeiras horas do dia pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
De acordo com o promotor de Justiça Guilherme Franchi da Silva Santos, as ações foram realizadas de forma simultânea pelos núcleos de Maringá e Umuarama, tendo como alvo lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuavam na região Noroeste do estado.
“Nessa data, o Gaeco, através dos núcleos de Maringá e Umuarama, deflagrou duas operações simultâneas que apuram o crime de organização criminosa. São alvos lideranças de uma facção criminosa com atuação aqui na região de Umuarama e também em Maringá”, afirmou o promotor.
A Operação Mosaico, coordenada pelo núcleo de Umuarama, cumpriu 35 mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, expedidos pela Vara Criminal de Cruzeiro do Oeste. As ações ocorreram em Cruzeiro do Oeste, Guaíra, Piraquara e Maringá.
Segundo o MP, as ordens judiciais foram direcionadas principalmente a presos que já cumprem pena por outros crimes, mas que ainda não haviam sido processados por integrar organização criminosa. Apenas três investigados estavam em liberdade e foram capturados nesta quarta-feira.
“Essas lideranças, embora presas, mantinham contato com o ambiente externo, seja por meio de celulares que entram clandestinamente nas unidades, seja por visitas e contatos presenciais. De dentro dos presídios, eles davam ordens e coordenavam ações criminosas”, explicou Franchi.
A investigação do Gaeco de Umuarama começou a partir da apreensão de anotações manuscritas na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste (PECO). Os documentos, conhecidos dentro do Primeiro Comando da Capital (PCC) como “caracrachá”, listavam nomes, funções e responsabilidades dos integrantes da facção, e permitiram identificar 35 pessoas com papéis de liderança local e regional.
“A facção possui uma estrutura em células, cada uma com atribuições específicas. Esses registros, feitos pela própria organização, possibilitaram identificar quem eram os líderes regionais”, destacou o promotor.
Paralelamente, o Gaeco de Maringá deflagrou a Operação Trama de Ferro, parte do mesmo conjunto de investigações. Foram cumpridos sete mandados de prisão temporária, 24 de busca e apreensão e medidas de sequestro de bens avaliados em R$ 3,5 milhões.
As ações ocorreram em Paranavaí, Iporã, Guaíra e Sarandi, com ordens expedidas pela 1ª Vara Criminal de Paranavaí.
Essa segunda frente investigou o envolvimento de um agente público com a facção criminosa e identificou que presos continuavam a coordenar o tráfico de drogas na região de Paranavaí com o auxílio de comparsas em liberdade.
As investigações começaram em janeiro de 2025, revelando uma estrutura hierarquizada e financeiramente articulada. “Embora as metodologias de atuação da facção já fossem conhecidas, esta operação é importante porque traz à Justiça pessoas que ainda não haviam sido responsabilizadas por esse crime”, completou Franchi.
O Gaeco é um grupo especializado do Ministério Público do Paraná formado por promotores, policiais e peritos das forças de segurança do estado. O órgão atua no combate a organizações criminosas e corrupção envolvendo agentes públicos, com dez núcleos regionais, incluindo o de Umuarama, responsável pelas ações em toda a região Noroeste.
(Com imagens de Danilo Martins/OBemdito)
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