O cabeleireiro Davi Fernandes em sua barbearia: espaço moderno e clientela fiel - Fotos: Danilo Martins/OBemdito
De um improvisado ‘salão’ debaixo de um pé de manga em Iporã à barbearia moderna e bem estruturada em Umuarama, o cabeleireiro Davi Fernandes dos Santos, 34, construiu uma trajetória marcada por escolhas, capacitação e persistência.
Filho de um boia-fria e de uma faxineira, ele encontrou na profissão de cabeleireiro não apenas sua vocação, mas também uma forma de empreender em um setor cada vez mais valorizado.
Antes de chegar à tesoura, Davi trabalhou cedo. Aos 15 anos, costurava em uma fábrica de roupas; depois, foi para uma indústria de estofados, onde produzia sofás.
O trabalho lhe garantia renda, mas não satisfação. “Eu não me encontrava; sentia que ainda não tinha descoberto o que realmente queria fazer”, lembra o cabeleireiro, casado e pai de dois filhos.
A virada aconteceu em 2016, quando começou a cortar cabelo de amigos e conhecidos, ainda como atividade paralela. “Cortava em casa, no quintal, aproveitando a sombra da mangueira”, conta.
E assim, ganhando experiência e clientes da vizinhança, vem a revelação: “Percebi que minha verdadeira vocação estava ali; o improviso inicial logo se transformou em meta profissional e desejo de empreender, o que me levou, em 2020, a abrir minha barbearia, a Dominus, em Iporã”.
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Certificações: o barbeiro exibe o certificado da Federação das Escolas de Cabeleireiro
Mas antes de ter o próprio negócio, Davi começou a investir em qualificação. O primeiro passo deu ali mesmo, numa barbearia da terrinha natal. “Foi a primeira chance para formar a base da minha profissionalização de cabeleireiro… Tudo o que aprendi foi muito importante”, exclama.
Depois, rumou em busca de mais conhecimentos. Nesse trajeto, fez mais de 20 cursos e workshops em várias cidades, ampliando técnicas e trocando experiências com outros profissionais.
“Tem um que fiz com o Nariko, barbeiro do Neymar, mas meu maior orgulho é o diploma da Federação das Escolas de Cabeleireiros e Similares do Brasil“, conta, exibindo-o com um sorriso.
A mudança para Umuarama, no ano passado, foi estratégica. Percebendo que a cidade oferecia mais oportunidades e um mercado mais aquecido, Davi decidiu apostar alto, mesmo que lentamente.
“Antes, comecei a vir a Umuarama para alguns trabalhos esporádicos em barbearias de colegas e fui me adaptando, estudando a possibilidade de me transferir definitivamente para cá; fiquei dois anos estudando o mercado daqui… E deu certo”, comemora o cabeleireiro.
O sucesso dessa guinada é notável: atualmente Davi atende em uma barbearia bacana, espaçosa e bem decorada. “Lá, a Dominus tinha uma cadeira… Aqui, já comecei com três cadeiras”, salienta.
O brio nas palavras é visível também quando faz a comparação entre o antes e o agora: “Difícil não comparar! Vim de uma infância pobre, de uma família que passou muita necessidade! Lutei, prosperei e cheguei aonde sonhava chegar”.
Para ele, sua profissão é uma arte e sua barbearia, um ponto de encontro para diferentes gerações. “É o lugar onde a gente cria laços… Não é só estética, é convivência, por isso investi nesse ambiente aconchegante”, orgulha-se.
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