Abraão Hachicho e suas obras: 79 anos de vida e mais de 60 dedicados à pintura - Fotos: Danilo Martins/OBemdito
A exposição itinerante ‘Primitivo’, assinada pelo artista plástico umuaramense Abraão Hachicho, vai circular por quatro cidades paranaenses — Cascavel, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Curitiba. As datas ainda não foram divulgadas.
O projeto foi aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, com recurso da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, do Ministério da Cultura. A iniciativa busca democratizar e valorizar o acesso às artes visuais no Estado.
Para a mostra, que vai contemplar as cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Curitiba, mais de 50 obras [óleo sobre tela] foram selecionadas; todas narram, com cores e traços marcantes, a história do pioneirismo de Umuarama e outros temas.
Para a proponente do projeto, Daniela Soares dos Santos, de Cascavel, a arte do pintor transcende rótulos. “Ela transita entre a expressividade Naif, Primitivista e Realista popular; sua força reside na liberdade: ela não pretende ser, ela é”, explica.
O curador Luiz Carlos Brugnera, que é artista visual conceituado, vai além. “A obra de Hachicho é reconhecida pela força e identidade; sua pintura primitiva é uma das mais expressivas no cenário nacional”, afirma.
“Mais do que exibir quadros, ‘Primitivo’ convida o público a refletir sobre memória, identidade e história, reforçando o papel da arte como ponte entre o passado e o presente”, reforça Brugnera.
No alto de seus 79 anos de idade, Hachicho diz estar vivendo um momento especial: “Não fui atrás, não articulei nada… Fui escolhido para essa exposição e isso me deixa muito feliz”.
Para ele, é um reconhecimento que chega naturalmente; é a oportunidade que reforça o valor e a permanência de sua arte ao longo das décadas e que o deixa ainda mais orgulhoso.
Hachicho conta que começou a pintar [óleo sobre tela] com 13 anos de idade. “Já são mais de 60 anos dedicados a esta arte, que é minha inspiração para a vida”, exclama o artista que tem centenas de quadros com sua assinatura.
“Minhas obras adornam espaços públicos, residências, no Brasil e em outros países, reforçando meu papel como guardião da memória coletiva e eternizando histórias para todas as idades”, comemora.
Com sua peculiar calma e olhar discreto, Hachicho recebeu OBemdito em sua residência. Ele nos mostrou seu espaço de trabalho: a varanda da casa.
Também nos levou para os dois ambientes onde guarda seus quadros prontos: o escritório e um quarto, ambos lotados! O colorido dos traços impressiona!
Geralmente, Hachicho pinta no verão [ou melhor, em dias de clima quente]. “É mais confortável”, justifica, dizendo que sua trajetória artística é marcada por um “profundo compromisso com a memória e a identidade cultural de Umuarama e do Paraná”.
O artista Abraão Hachicho é natural de Viçosa/Alagoas. “O sobrenome Hachicho herdei de meu pai, que é libanês”, comenta. Por aqui, aportou em 1968, com 22 anos de idade; e em 2018 foi agraciado com o título de ‘Cidadão Honorário de Umuarama’.
Desde então, passou a retratar cenas da cidade, especialmente das décadas de 1950 e 1960. “Minhas pinturas capturam, com sensibilidade e precisão, paisagens e momentos cotidianos que podem ser verdadeiras aulas de história”, avalia.
Segundo sua interpretação, cada tela é uma janela para o passado: “O universo pictórico que meu trabalho representa traduz a alma de quem viveu e ama profundamente sua terra”, orgulha-se.
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