Umuarama retratada a óleo sob olhar do pioneiro Hachicho
A percepção aguçada e dom para o desenho estão com ele desde cedo e mesmo tendo trabalhado em diversas áreas
De Viçosa, no Alagoas, o artista Abraão Hachicho, de 75 anos, foi para o Líbano com a família, depois ao noroeste do Paraná, até chegar à Capital da Amizade.
A percepção aguçada e dom para o desenho estão com ele desde cedo e mesmo tendo trabalhado em diversas áreas, jamais deixou de retratar a realidade com óleo sob tela.
São 53 anos morando em Umuarama e por meio das suas criações a história de toda nossa gente ganha contornos e cores.
Hachicho é cidadão honorário da cidade e também membro da academia de Letras e Artes. Filhos e netos são daqui.
Sua arte está pelos quatro cantos da cidade. Das obras expostas no Centro Cultura à fachada da loja Maçônica, tudo passa pelo olhar atento e pelas mãos do artista plástico.
TUDO MUDOU
A antiga Praça das Perobas, os primeiros estabelecimentos comerciais e as avenidas de terra vermelha permeiam as obras do artista.
O tempo demonstra o contraste e revela uma Umuarama muito movimentada, quase sevagas para estacionar e com centenas de lojas, bem diferente das primeiras telas de Hachicho.
NADA MUDA
Apesar de estar há tanto tempo na Capital da Amizade, algo que não muda é o amor dele pela cidade.
Nesta semana, quando falou com a equipe de OBemdito a máscara e o cumprimento com mãos fechadas revelaram uma faceta que o pioneiro jamais havia imaginado passar por: a pandemia.
“Apesar desse momento, o que eu posso dizer para Umuarama é obrigado. Obrigado por me acolher. Eu sou filho de Umuarama”, diz, emocionado, enquanto passeia pelas suas obras que compõem o acervo da Fundação Cultural.