Brasil

Dona de casa morre após misturar produtos de limpeza para lavar banheiro

Uma mulher de 63 anos morreu ao inalar uma mistura de produtos de limpeza. O caso tem chamado atenção para os riscos do uso inadequado de substâncias químicas em ambientes domésticos. Um alerta para perigos que ainda são desconsiderados pela população.

Segundo relatos de testemunhas, a vítima fazia limpeza no banheiro utilizando água sanitária misturada a um detergente de uso pesado, normalmente empregado como desengraxante automotivo. Em poucos minutos, ela passou mal diante do forte cheiro da combinação química.

Inicialmente, a dona de casa ainda conseguiu ir até a sala e deitar no sofá, enquanto o marido, de 62 anos, tentava buscar socorro. Sem dimensionar a gravidade do quadro, o homem ligou primeiro para a irmã da vítima antes de acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Quando os socorristas chegaram ao local, a mulher já estava sem sinais vitais.

A vítima tinha diagnóstico de bronquite crônica, o que pode ter intensificado os efeitos da intoxicação. O caso foi registrado na última sexta-feira (18), no Conjunto Vera Cruz, região Oeste de Goiânia.

Alerta da Anvisa sobre produtos de limpeza

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que misturas caseiras de produtos de limpeza, como a que levou à morte da mulher em Goiânia, podem gerar gases tóxicos perigosos, a exemplo do clorofórmio.

O órgão destaca a necessidade de seguir as recomendações dos fabricantes, presentes nos rótulos, que incluem orientações sobre uso correto, proteção individual e ventilação adequada do ambiente.

A Anvisa, em parceria com o Conselho Federal de Química e a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza (Abipla), desenvolve o projeto “Mistura Explosiva: limpando conceitos, clareando ideias”, que combate fake news e incentiva práticas de segurança no uso de produtos de limpeza.

Especialistas reforçam que fórmulas improvisadas são perigosas e que a manipulação inadequada desses itens pode provocar sérios danos à saúde e até mesmo ser fatal.

Leonardo Revesso

Graduado em Direito pela Unipar, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e especializando em Neurociência do Consumo pela ESPM. Tutor da Olívia, da Ludi e da Mila. Está no jornalismo há 27 anos (iniciou aos 15). No OBemdito escreve sobre política e consumo.

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