Ítalo Fabio Casciola

Umuarama ‘ferveu’ com milhares de visitantes atraídos pela primeira grande festa agropecuária

No dia do lançamento da 50ª edição da Expo Umuarama vamos lembrar a primeira grande festa agropecuária da cidade. O sábado 16 de fevereiro de 1974 foi um dia muuuito especial, diria imensamente especial. Histórico, memorável e inesquecível!!! Pela primeira vez na história de Umuarama acontecia uma festa de tamanhas proporções e diversidades desde a sua fundação em 1955.

Nessa data foi realizada pela primeira vez a Exapiu, sigla da Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Umuarama. E, consequentemente, a inauguração do Parque de Exposições, um espaço sem similar aqui na região pelo seu tamanho e linhas de arquitetura especificamente do gênero agro.

Desde o começo da semana os hotéis da cidade já estavam lotados por fazendeiros das cidades vizinhas e até do Mato Grosso do Sul. E os restaurantes e botecos cheios de visitantes ávidos pelo início da grande festa agropecuária.

Outro detalhe da movimentação eram as placas dos incontáveis veículos trafegando pela urbe que mostravam que eram dos visitantes. Isso significava que o comércio da Capital da Amizade estava vendendo e acumulando lucros antes nunca vistos, pois nunca havia acontecido um evento desse porte. E esse ritmo seguiu até alguns dias depois do fim da Exapiu.

A avenida central do Parque: Reparem na faixa, ainda não se citava Expo Umuarama mas Exapiu (por extenso); a via ainda não era asfaltada mas de chão batido; e as árvores laterais estavam crescendo… (Foto: Italo)

Festa agropecuária também atraiu muitos expositores

Acrescente-se a essa agitação o grande número de expositores de fora que vieram para participar do evento. Além disso, formaram-se filas de caminhões de transporte de bovinos que lotariam os pavilhões destinados à exposição de bois de diversas raças.

Vale somar à caravana de visitantes um expressivo número de trabalhadores que vieram de fora para trabalhar no Parque de Exposições na montagem dos pavilhões dos animais. Eram carpinteiros que tinham experiência nesse tipo de construção de madeira, com espaços em cimento para os bebedouros de água e comedouros para os alimentos dos bovinos. Outros eram das fazendas de Umuarama, que também entendiam de construção de galpões pecuários.

Na semana da primeira Exapiu, em 1974, o centro da cidade fervia de visitantes de todos os lados e a Avenida Paraná ficou super movimentada… Foquem num dos veículos de grande porte: caminhão boiadeiro, que havia transportado gado para a 1ª Exapiu e na folga o motorista aproveitou para circular pelo comércio para fazer compras. (Foto exclusiva: Italo)

O comércio sempre forteleceu a Expo

E some-se aos profissionais já citados o grupo de comerciantes que veio para oferecer uma série de atendimentos ao público que iria à Exapiu. Entre eles, donos de restaurantes, churrascarias, bares, lanchonetes, vendedores de doces, sorvetes e outros tipos de alimentos que se instalavam em barracas e/ou instalações de madeira e trailers…

A festa agropecuária também contemplou outras atividades comerciais espalhadas em quiosques. Os empresários vendiam roupas típicas, calçados de boiadeiros, berrantes e os famosos chapéus de ‘cowboys’.

No começo o Parque ainda não tinha nome, mas sempre foi palco de grandes festas agropecuárias

Enfim, para não me alongar ou tornar-me repetitivo, encerro dizendo que antes nunca Umuarama havia sediado um evento com tantas variedades em atrações de todo tipo. Desde a parte artística, até uma concentração de endereços para ir às compras e se divertir com a família.

A festa de Umuarama só cresceu…

E, tudo isso, se repetiu em escalas cada vez maiores a cada edição da festa agropecuária desde seu começo como Exapiu até agora como cinquentenária Expo Umuarama. (ITALO FÁBIO CASCIOLA, Especial para OBEMDITO)

No decorrer dos anos o painel de entrada homenageou um governador
Posteriormente o nome do parque rendeu homenagem ao pioneiro da pecuária Dario Pimenta Nóbrega (que permanece até hoje)
Esta era a área das barracas, quiosques e traillers onde comerciantes vendiam tudo que o público poderia imaginar para comer e beber, bem como trajes da moda ‘cowboy’ (botas lindonas, berrantes, chapéus artesanais etc)… Esse espaço ficava completamente lotado dia e noite nas antigas exposições
Os moradores da zona rural vinham até de carroça para fazer compras nas lojas de Umuarama durante a Exapiu. Eles compravam roupas típicas ruralistas para visitar a Exposição bem à caráter; os mais jovens preferiam o estilo ‘cowboy’, claro! (Foto: Italo)
Este era o tipo de botas artesanais, preparadas por verdadeiros artistas. Elas custavam muito caro e só uma clientela especial comprava: os fazendeiros. Elas e outros artigos como os chapéus e os berrantes especiais eram vendidos numas pequenas lojinhas que ficavam logo depois do portal de entrada, num espaço à direito e ao lado da arena de rodeios (Foto de Nathan Larsan)
Ítalo Fábio Casciola

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