Pozzobom apresenta quadro de diverticulite aguda e deve permanecer internado

O prefeito afastado de Umuarama, Celso Pozzobom, apresenta um quadro agudo de diverticulite, inflamação causada na parede do intestino grosso e que, uma vez não tratada, pode evoluir para a perfuração do órgão. A informação foi obtida por OBemdito com pessoas próximas da família.

Pozzobom é mantido no soro e recebe medicação intravenosa. Tem dificuldade para se alimentar e ainda reclama de dores. Ele deu entrada no hospital Nossa Senhora Aparecida no final da tarde desta quinta-feira (16) com dores abdominais e deve permanecer internado.

Chegou-se a pensar na possibilidade de um infarto, mas a suspeita foi logo descartada pelos médicos com base nos relatos do paciente.

A diverticulite normalmente vem acompanhada de febre alta, dor abdominal intensa e incapacidade da pessoa se alimentar. A hospitalização é necessária para evitar o surgimento de fístulas, que são perfurações no intestino.

A internação fez com que Pozzobom não fosse depor na manhã desta sexta-feira (18) na Comissão Processante da Câmara de Vereadores, que julga o pedido de cassação do mandato do gestor.

 “Há pessoas dizendo que o Celso criou essa situação de saúde para não ir à Câmara, mas nós que estamos acompanhando o quadro dele sabemos que isso não é verdade. Ele realmente não está bem e torcemos para se recupere o mais rápido possível”, disse uma pessoa próxima do prefeito.

Pozzobom chegou ao hospital minutos após o término do ato de posse do vice-prefeito Hermes Pimentel à frente do Executivo, pelo período de 180 dias. Pozzobom foi afastado do cargo por decisão do desembargador Laerte Ferreira Gomes, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), atendendo pedido do Ministério Público (MP).

O prefeito é alvo da operação Metástase, deflagrada no dia 5 de maio. Dez pessoas estão presas, oito delas em regime fechado e duas em domiciliar. Elas são acusadas do desvio milionário de recursos do Fundo Municipal de Saúde.

O processo corre em segredo de justiça e não é possível saber a fundamentação jurídica que levou o desembargador a decidir pelo afastamento. A defesa do prefeito pode recorrer tanto no próprio TJPR quanto no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

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