Com vestido rosa choque, Bia mostra macacão florido: ambos custam apenas R$ 2, cada - Fotos: Graça Milanez
A impossibilidade de trabalhar fora levou uma empreendedora a montar um brechó em casa. O bairro é um dos mais vulneráveis de Umuarama, mas hospeda muita gente solidária; a casa é modesta e pequena, mas é suficiente para abrigar um negócio. Refiro-me ao ‘Brechó da Bia’, uma loja de roupas usadas, instalada na Rua Lázaro Bom, no Jardim Petrópolis, quase na beira do Córrego Pinhalzinho.
Bia é Beatriz Elias Costa, 32 anos, mãe de três filhos, arrimo da família [o marido é doente]; diariamente, ela enfrenta problemas que dariam a muitos motivos para desistir. No entanto, essa mulher e sua determinação transformaram a adversidade em uma fonte de sustento, montando um brechó em casa.
Impossibilitada de trabalhar fora, a empreendedora resolveu montar um brechó em casa e, vendendo roupas usadas que recebe de doação, garante uma renda para o sustento dos cinco. “Eu era faxineira, mas desisti porque precisei ficar em casa para cuidar do marido e das crianças… Foi assim que surgiu a ideia do brechó”, conta.
As roupas ficam em cima de mesas e de cadeiras, na varanda de sua casa, ou expostas em cabides, pendurados em cordas amarradas em árvores; um ingazeiro alto [de grande porte] é um dos ‘cabideiros’ mais utilizados. Tem roupa de todo tamanho e cores; os modelos ‘modinha’ são maioria; também tem alguns calçados no estoque. Vende tudo a R$ 2.
Apesar das dificuldades financeiras, ela diz que mantém a esperança. “O que tiro aqui não chega a um salário mínimo, mas é o que posso fazer… É assim que consigo seguir em frente! Também gosto muito de mexer com roupas, atender as pessoas”, confirma com um sorriso aberto, quando perguntada se se identificou nesse ramo de atividade. “É muito bom!”
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O estoque do Brechó da Bia é todo doado pelos vizinhos, que também são os clientes da casa; isso dá um significado maior ao negócio: não é um simples comércio de roupas usadas, mas um ponto de encontro comunitário, onde a generosidade e a necessidade se entrelaçam.
Enquanto a varanda de sua casinha humilde permanece lotada de roupas, Bia continua sua jornada, enfrentando os desafios. “Tô aqui na luta diária, tentando dar o melhor que eu posso para meus filhos”, afirma, avisando que, no momento, o que mais precisa é vender. “Doações são bem-vindas, mas já tenho bastante; agora preciso vender”, anuncia, em tom de apelo.
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