Paraná

Corpo do caminhoneiro de Pérola que morreu domingo no MT ainda não foi liberado

O corpo de Kimair Andriolli Valêncio, 43 anos, que morreu na BR-364, na Serra de São Vicente, a 35 quilômetros de Cuiabá, ainda não foi liberado para a família. O caminhão, que estava carregado de feno e era conduzido pelo morador de Pérola, tombou no acostamento da rodovia e pegou fogo. O acidente aconteceu no último domingo (10).

Paula Fernanda Valêncio, mulher de Kimair, disse ter recebido a informação de que o corpo do marido ficou totalmente carbonizado. Material genético foi colhido do filho mais velho do caminhoneiro para a identificação oficial, que precisa ser um protocolo específico em casos como este. A conclusão do laudo de DNA pode demorar de 30 a 120 dias, conforme os prazos estabelecidos pela Polícia Civil do Mato Grosso.

A Polícia Civil informou que o acidente aconteceu quando o condutor perdeu o controle da direção, na descida da serra. Um primo de Kimair também estava no veículo. Ele conseguiu escapar das chamas, que se alastraram rapidamente. A situação se agravou por conta da carga de feno, material de fácil combustão.

O passageiro relatou que tentou retirar o motorista, mas não conseguiu. Ele apresentava escoriações pelo corpo, com as mãos queimadas, ainda de acordo com a polícia. Equipes do Corpo de Bombeiros foram até o local, fizeram o combate ao fogo e acionaram a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e o Instituto Médico Legal (IML).

Vaquinha

Familiares de Kimair fizeram uma vaquinha para cobrir os custos do translado do corpo, assim que houver a liberação. A meta foi rapidamente atingida. O sepultamento deverá acontecer em Barueri, no interior paulista, onde mora a mãe do caminhoneiro.

“Eu sabia que meu esposo era muito querido, mas não tinha toda essa dimensão. Não tenho palavras para agradecer a solidariedade de todos”, disse Paula Valêncio. O casal estava junto havia 23 anos. Neste período os dois tiveram três filhos e um neto.

Esta semana Paula viajou para Pirapora do Bom Jesus, também no interior de São Paulo. O objetivo, afirmou, é estar mais perto da família dela. “Antes de irmos para Pérola, eu e o Kimair moramos aqui em Pirapora. Estámos em Pérola havia 7 anos”. Segundo Paulo, a marido ficou desempregado nos últimos dois meses, depois de sair de uma farinheira, e vinham se dedicando a bicos para sustentar a casa.

A vaquinha foi encerrada, mas quem ainda quiser ajudar a família pode depositar qualquer valor pelo pix
11941413182 (Paula).

Leonardo Revesso

Graduado em Direito pela Unipar, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e especializando em Neurociência do Consumo pela ESPM. Tutor da Olívia, da Ludi e da Mila. Está no jornalismo há 27 anos (iniciou aos 15). No OBemdito escreve sobre política e consumo.

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