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Influenciadores do PR e MG são alvos de operação contra rifas ilegais e lavagem de dinheiro

Segundo as investigações, em 2023, os suspeitos arrecadaram cerca de R$ 25 milhões com os esquemas fraudulentos de rifas e sorteios

Fotos: Reprodução/Instagram/Banda B
Fotos: Reprodução/Instagram/Banda B
Influenciadores do PR e MG são alvos de operação contra rifas ilegais e lavagem de dinheiro
Redação - OBemdito
Publicado em 20 de agosto de 2024 às 11h24 - Modificado em 20 de agosto de 2024 às 11h51
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Dois influenciadores digitais, um de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e outro de Belo Horizonte, em Minas Gerais, foram alvos de uma operação da Polícia Civil deflagrada na manhã desta terça-feira (20). Eles são suspeitos de organizar rifas ilegais em redes sociais, com faturamento estimado em R$ 25 milhões em um ano.

A operação, batizada de “Fortis Fortuna Adiuvat”, ocorreu simultaneamente no Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Rio Branco do Sul (PR), Itapema e Balneário Camboriú (SC) e Belo Horizonte (MG). Vários veículos de luxo foram apreendidos.

O influenciador de Rio Branco do Sul, Matheus Sales, tem mais de 480 mil seguidores nas redes sociais. O segundo alvo da operação, Nelio Dgrazi, de Belo Horizonte, possui mais de 1,3 milhão de seguidores. Ambos exibiam em suas redes sociais fotos com carros de alto padrão.

De acordo com a Polícia Civil, os dois influenciadores promoviam rifas de veículos e sorteios de valores em dinheiro, aproveitando-se da visibilidade proporcionada por suas redes sociais. As rifas, porém, eram realizadas sem autorização do órgão competente.

“Sem qualquer espécie de autorização do órgão competente e também esses valores em espécie sorteados contêm fortes indícios de fraude. Uma vez que a numeração utilizada para identificar os vencedores desses sorteios não encontrava qualquer tipo de lastro na Loteria Federal, que era o padrão que os próprios investigados diziam que era utilizado naquele sorteio”, afirmou o delegado Gabriel Fontana.

Nos sorteios, os participantes compravam números que variavam de 01 a 9.999.999. Contudo, conforme o delegado, “há fortes indícios de que tais sorteios são fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso”.

Segundo as investigações, em 2023, os suspeitos arrecadaram cerca de R$ 25 milhões com os esquemas de rifas e sorteios. Os valores foram bloqueados pela Justiça, e as investigações agora se concentram em identificar outros envolvidos na lavagem de dinheiro.

“Esse grupo arrecadou, com esses esquemas de rifas de veículos e sorteios de valores em espécie, cerca de R$ 25 milhões, valores esses que também foram alvos dessa operação de terça-feira por meio de um bloqueio judicial nas contas bancárias dos investigados”, comentou Fontana.

As contas nas redes sociais e o site usados pelos suspeitos devem ser suspensos com autorização judicial. Os investigados podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes contra a economia popular e pela contravenção penal de promoção de rifas ilegais.

Com informações Banda B

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