Umuarama

“Não consigo fazer nada sem chorar”, afirma noiva de Umuarama que contratou empresa de Maringá

Dois casais de Umuarama estão entre as possíveis vítimas de uma empresa de festas e eventos de Maringá, no Norte, suspeita de não cumprir contratos firmados com clientes e fornecedores. Apesar disso, apenas um dos casais registrou um boletim de ocorrência na 7ª Subdivisão Policial de Umuarama.

“Tentamos entrar em contato com a empresa, mas sem retorno. Já comecei a contestar o cartão, mas até agora sem resposta”, afirmou a auxiliar de escritório, Valeria Martins de Castro, 33 anos.

Conforme ela, o casal já havia pago R$ 11 mil dos 20 mil cobrados pela empresa para fazer a festa, que estava marcada para o dia 18 de outubro de 2025. “Fechamos o contrato no dia 25 de maio deste ano. Dos R$ 11 mil que pagamos, R$ 5 mil foram no cartão e R$ 6 mil no PIX. O restante seria pago em 6 parcelas de R$ 1.600”, detalha.

Muito abalada e sem condições de contratar um advogado, Valeria e o noivo, Jefferson Luiz de Lima, 36 anos, procuraram o Ministério Público do Paraná (MP-PR), que deverá iniciar um procedimento de investigação nos próximos dias.

“Estou sem condições de contratar um advogado, sem contar que estou sem condições psicológicas para fazer qualquer coisa. Fica um sentimento de muita revolta; não consigo fazer nada sem chorar. Foram anos de planejamento, e agora foi tudo por água abaixo”, afirma.

O casal, que contratou a empresa após fazer o primeiro contato através de uma rede social, só descobriu que poderia ter sido vítima de um golpe após fazer contato com o proprietário do espaço onde a festa seria realizada.

“Conversei com o dono do local e descobrimos que a data havia sido pré-reservada, mas não constava nome e nem o pagamento”, contou.

Segundo o delegado Adailton Ribeiro Junior, que está respondendo momentaneamente pela Delegacia de Umuarama devido às férias do delegado titular, apenas um caso foi registrado na cidade até o momento. O outro teria sido registrado na Delegacia de Estelionato, em Maringá.

“Chegou ao meu conhecimento o registro de apenas um caso noticiando problemas com uma empresa de Maringá. Além disso, temos que deixar claro que nem toda falha na prestação de serviço é crime, e isso será apurado e esclarecido ao longo do inquérito policial”, destacou o delegado.

Prejuízos podem passar de R$ 3 milhões

Até o momento, mais de 120 queixas foram registradas contra a empresa em Maringá. Estima-se que os valores possam superar os R$ 3 milhões. A situação teve início depois que a empresa deixou de cumprir com os contratos de festas que estavam marcadas para o fim do ano passado.

Naquele momento, cerca de 30 pessoas registraram boletins de ocorrência. Os demais casos foram registrados em seguida. Ainda na semana passada, a empresa deixou o local onde atendia e se mudou para outro endereço não informado.

Em recente entrevista a um canal de televisão do estado, o advogado que representa a dona da empresa disse que ela saiu da cidade com medo de represálias e que quem se sentir lesado deve entrar na Justiça para reaver os valores.

OBemdito não conseguiu contato nem com a empresa nem com o advogado de defesa.

Rodrigo Mello

Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário de Pato Branco (Unidep), tem especialização em Docência e Gestão do Ensino Superior pela Universidade Paranaense (Unipar). Com 23 anos de experiência, trabalhou em portais de notícia, assessoria de imprensa, TV e rádio. Foi assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e secretário municipal de Comunicação entre os anos de 2010 e 2013. Atualmente, é jornalista no portal OBemdito, onde escreve sobre política, educação, saúde, cidadania e segurança pública.

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