Foto: Arquivo/OBemdito

Umuarama

MP anuncia condenação de réus da Operação Metástase por peculato e lavagem de capitais

Investigação desarticulou organização criminosa que desviava recursos públicos da saúde

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MP anuncia condenação de réus da Operação Metástase por peculato e lavagem de capitais
Redação
OBemdito
6 de maio de 2024 12h45

A Justiça proferiu duas novas sentenças em ações penais movidas pelo Ministério Público do Paraná contra quatro réus, no âmbito da Operação Metástase. Eles foram condenados a penas que variam de 5 anos e 3 meses de reclusão a 11 anos, 9 meses e 25 dias de reclusão pela prática dos crimes de peculato e lavagem de capitais.

Deflagrada em junho de 2021, a Operação Metástase foi executada pelo MPPR por meio do núcleo de Umuarama do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e pelo núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O objetivo foi desarticular organização criminosa responsável por desvios de recursos públicos na área da saúde no município.

A primeira sentença condenou três réus, incluindo o então presidente e administrador do Hospital e Maternidade Norospar (Associação Beneficente de Saúde do Noroeste do Paraná), Pedro Arildo Ruiz Filho, que terá que cumprir pena de 11 anos, 9 meses e 25 dias de reclusão em regime inicialmente fechado, além do pagamento de 245 dias-multa, pelos crimes de peculato (praticado 34 vezes) e lavagem de capitais.

Os outros réus (entre eles José Cícero da Silva Laurentino e Valdecir Miester) foram condenados a 9 anos e 7 meses de reclusão em regime inicial fechado e ao pagamento de 231 dias-multa, também pela prática de peculato (34 vezes). Os três foram sentenciados ainda ao pagamento de indenização no valor mínimo de R$ 748.526,72. Cabe recurso da decisão e é provável que as pessoas condenadas sigam em liberdade, até a decisão da justiça transitar em julgado (ou não couber mais contestação).

Através de sua assessoria, o Hospital Norospar afirmou que “passou por auditoria e reestruturação em sua diretoria e administração após os eventos questionados”, e que atualmente não mantém “qualquer vínculo ou contato com os administradores anteriores envolvidos nas circunstâncias que levaram à Operação Metástase”. Disse ainda que está comprometido “com a integridade e transparência em todas as atividades”.

Todos os processos relacionados à Operação Metástase correm em segredo de justiça. Só é possível saber o que é divulgado por meio das partes envolvidas, como acusação ou defesa.

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