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Julgamento de Jean Michel entra na reta final com atuação combativa da defesa

Expectativa é que a sentença seja proferida ainda na noite deste sábado (2/3)

Advogado Adriano Bretas mostra camiseta apreendida na casa de Jean Michel, que ficou apertada no cliente
Advogado Adriano Bretas mostra camiseta apreendida na casa de Jean Michel, que ficou apertada no cliente
Julgamento de Jean Michel entra na reta final com atuação combativa da defesa
Leonardo Revesso - OBemdito
Publicado em 2 de março de 2024 às 19h03 - Modificado em 2 de março de 2024 às 20h44
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Os sete jurados que vão definir o destino de Jean Michel de Souza Barros, acusado do triplo homicídio de Umuarama, não estão com uma tarefa fácil em mãos, contrariando as expectativas de que este seria um julgamento com resultado previsível, dada a ampla repercussão do crime, no dia 8 de agosto de 2021.

Iniciado na manhã da última quarta-feira (29/2) o julgamento do comerciante deve concluído na noite deste sábado (2/3) e já é o mais longo da história da comarca. A reta final dos trabalhos vem sendo marcada pela forte atuação da defesa, que tenta desqualificar, uma a uma, as provas periciais inseridas no processo criminal.

Um dos pontos fortes da participação da defesa no interrogatório de Jean Michel foi quando o advogado Adriano Bretas pediu para o cliente vestir a camiseta apreendida supostamente com manchas de sangue, na casa da mãe de Jean Michel. 

A roupa, que Jean teria usado durante o crime, ficou visivelmente apertada no corpo do comerciante, causando um aparente constrangimento entre os jurados e o público que acompanha atentamente o desenrolar da audiência. “Essa camiseta nunca foi minha. Era da minha mãe”, disse Jean.

O laudo de uma perícia mais aprofundada já havia constatado de que não foi possível comprovar que uma mancha encontrada na camiseta seria de sangue humano. Segundo Jean Michel, é provável que se tratasse do sangue de um gato de estimação de sua mãe, que se machucava ao brigar com outro animal doméstico.

Outro momento marcante foi quando o defensor mostrou os chinelos de número 38 apreendidos pela polícia como sendo do réu, manchados de sangue, na cena do crime. Jean disse que usa a numeração 42. O advogado então para o comerciante calçar os chinelos, que ficaram extremamente apertados nos pés do réu.

A todo momento, os defensores tentam desqualificar o depoimento prestado pela juíza Eveline dos Santos, filha do casal Antonio e Helena e irmã da advogada Jaqueline Marra dos Santos, mortos no crime que chocou Umuarama e ganhou repercussão nacional. Para os advogados e o próprio réu, Eveline acusa Jean pelo triplo homicídio para que ele seja condenado e não faça parte da herança familiar.

Jean Michel disse três vezes que não tem interesse no dinheiro e que está pagando a banca de advogados com o dinheiro da casa da mãe, que foi vendida. Além de Adriano Bretas, a equipe de defensores também conta com Cláudio Dalledone Junior, um dos mais aclamados criminalistas do Paraná. 

Acusação

Neste momento, às 18h45, teve início o debate da acusação, que terá duas horas para persistir na acusação contra Jean Michel. O promotor de justiça João Batista Almeida leu um texto como se fosse uma mensagem de Jaqueline para o marido, mostrando-o como um homem agressivo, frio e calculista. João Batista se despediu do Ministério Público, uma vez que esta é sua última atuação profissional. O outro promotor do caso iniciou sua fala com ataques à estratégia da defesa, que “tenta execrar a família das vítimas” para salvar a liberdade do cliente. Em breve, traremos a matéria completa sobre o debate dos acusadores.

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