Foto: Reprodução www.flightradar24.com

Paraná

Área de buscas onde avião com umuaramenses desapareceu é de difícil acesso

Por ser área de mata atlântica, a vegetação é bastante fechada, o que traz dificuldades tanto para aeronaves quanto para equipes em terra

Foto: Reprodução www.flightradar24.com
Área de buscas onde avião com umuaramenses desapareceu é de difícil acesso
Rodrigo Mello
OBemdito
4 de julho de 2023 11h35

A área onde o avião com os três umuaramenses despareceu nesta segunda-feira (3), é de difícil acesso. O local, que foi identificado no fim de ontem, fica na região da Limeira, atrás da Serra da Prata, em Guaratuba, litoral do Estado.

Por ser área de mata atlântica, a vegetação é bastante fechada, o que traz dificuldades, tanto para as buscas que estão sendo feitas por aeronaves das forças de segurança, quando para as equipes de regaste em terra.

De acordo com o capitão Ferelli, coordenador de Operações Especiais do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), o local tem diversas características limitantes ao trabalho das forças de segurança e resgate.

“É uma área inóspita, desabitada, com uma vegetação muito fechada e, relativamente, em alta altitude. Então é um fator limitante também para o nosso voo. Não é uma região fácil de se chegar e nem fácil de para as equipes de terra, então é uma operação com muitos fatores restritivos”, afirmou.

Conforme ele, outro fator que influência muito nas buscas, são as condições meteorológicas. “Nós temos também as condições metrológicas. Como nossas aeronaves somente fazem as buscas em um voo de maneira visual, nós devemos evitar voos de nevoeiro e até restrição de teto no momento do voo”, destaca.

O capitão Ferelli, a aeronave usada pelo BPMOA, possui equipamentos de alta precisão e que são capazes, inclusive, de captar o calor humano. “Nós utilizamos nossa aeronave que tem uma câmera com filtro de infravermelho que serve para detectar calor em corpos, mas não detectamos nada e, por conta da degradação meteorológica do final da tarde, tivemos que retornar [para a base] para encerrar às buscas”, revelou.

Reinício das buscas

As buscas pelo avião onde estavam Jonas Borges Julião (piloto), Heitor Genowei Junior, o Juninho do Posto (superintendente da Viaje Paraná, divisão da Secretaria de Estado do Turismo) e Felipe Furquim de Oliveira (diretor da Casa Civil na região noroeste) foram reiniciadas nesta manhã de terça-feira (4).

Os umuaramenses Jonas Borges Julião, Heitor Genowei Junior, o Juninho do Posto e Felipe Furquim de Oliveira. Foto: Redes Sociais/OBemdito

O trabalho é comandando através de um Centro de Operações Especiais. As buscas estão sendo realizadas com dois helicópteros e um avião da FAB equipados com recursos de alta precisão, além de equipes em terra. Os helicópteros são o Falcão 12 e Resgate 04, do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas.

O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) também está envolvida na operação. A equipe é especializada em áreas de difícil acesso e saiu de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O avião utilizado tem autonomia e recursos para voar no período noturno.

Região da Limeira, atrás da Serra da Prata, em Guaratuba, litoral do Estado. Foto: BPMOA

Nesta manhã, também havia movimentação do 8º Grupamento de Bombeiros, localizado no bairro Nilson Neves, em Paranaguá. As informações são de que o trabalho de buscas também passou a contar com equipes de Curitiba, Morretes, Guaratuba e Paranaguá.

Desaparecimento

A aeronave Piper Arrow, modelo PA-28R-200, de propriedade particular, com os três passageiros, havia decolado do aeroporto regional Orlando de Carvalho, em Umuarama, às 7h50 e desapareceu do radar na região da Limeira, atrás da Serra da Prata, em Guaratuba.

A última comunicação feita pelo piloto aconteceu às 10h, com o aeroporto de Ponta Grossa. O avião pousaria em Paranaguá, onde eles tinham um compromisso de trabalho.

Aeroporto Regional Orlando de Carvalho. Foto: PMU
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