Eleitores dizem em quem votariam para prefeito de Umuarama se eleição fosse hoje

A um ano e meio das próximas eleições municipais, em outubro de 2024, já tem cortina balançando nas coxias do poder em Umuarama. Por ora, ninguém se manifestou publicamente com interesse no cargo do prefeito. Até mesmo o titular da cadeira no terceiro andar do Paço da Amizade, Hermes Pimentel, sai pela tangente quando perguntado. 

No entanto, a candidatura dele é dada como certa dentro do cenário atual, que o favorece. Pesquisa do Instituto Ágili, encomendada por OBemdito, mostra Pimentel na liderança se as eleições fossem hoje. Foram feitos dois tipos de sondagem, uma espontânea, em que se pergunta em que o eleitor votaria, sem dar opções de nomes, e outra estimulada, com a sugestão de eventuais candidatos. 

Na espontânea, Pimentel é o mais lembrado, com 16,67%. Os outros que surgem, com bem menos menções, são: Ana Novais (vereadora), Fernando Scanavaca (ex-prefeito e ex-deputado estadual), Moacir Silva (ex-prefeito), Mateus Barreto (vereador), Giuliano Turetta (advogado), Sorrisal (vereador), Sandro Gregório (advogado), Professora Beth, Nelson Garcia (ex-deputado), Miguel da Guri (empresário), Junior Ceranto (ex-vereador), Delegado Fernando (ex-deputado), Fávaro (agrônomo e ex-candidato a prefeito) e Newton Bonin (suplente de deputado federal). 

Já na sondagem estimulada, que é como funcionam as campanhas eleitorais, Pimentel aparece com 26,17% dos votos. Ana Novais e Fernando Scanavaca surgem tecnicamente empatados no segundo lugar: a vereadora com 12,36% e o ex-prefeito e ex-deputado estadual com 11,42%. O também vereador Mateus Barreto é o preferido de 6,18%. Sandro Gregório e Professora Beth do PT têm, cada um, 2,70%. Os demais entrevistados não souberam ou não quiseram se manifestar.

Scanavaca está afastado há vários anos da vida política. Ele tem se dedicados aos negócios e à família. Pessoas próximas deles veem com bons olhos uma volta ao páreo, mas o ex-prefeito sempre desconversa quando o assunto entra na roda. 

Pimentel x Ana Novais

Pela pesquisa para prefeito, a maior batalha seria entre Pimentel e Ana Novais, com 41,14% para o prefeito e 33,78% para a vereadora.

Pimentel x Scanavaca

Se o adversário do prefeito fosse apenas Scanavaca, Pimentel ficaria com 46% e o ex-prefeito com 32%. Scanavaca é mais pontuado pelo público acima dos 42 anos, que tem maior memória de seus dois mandatos. Pimentel vai bem entre os eleitores mais novos.

Miguel da Guri

O empresário Miguel da Guri pediu para que seu nome não fosse incluído na sondagem estimulada. Ele afirmou que, neste momento, se dedica a cuidar da expansão da sua empresa de sorvetes e da gestão da Aciu (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama). 

Fantasma

Pimentel ainda tem um fantasma com nome e sobrenome para chamar de seu, Celso Pozzobom. Quem acompanha de perto a movimentação dos processos do prefeito afastado e cassado sabe que ainda há chance de que ele retome o cargo. A decisão (positiva ou negativa) do Tribunal de Justiça estaria perto de acontecer.

Pozzobom foi afastado pela Justiça no âmbito da operação Metástase, de desvios na saúde pública. Posteriormente, ele teve o mandato cassado por unanimidade pela Câmara de Vereadores, mas a decisão foi derrubada, liminarmente, por uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná. Pozzobom obteve o direito de continuar recebendo salário de prefeito até a decisão final sobre sua volta ou não.

Pozzobom volta?

De acordo com a pesquisa Ágili, 66,67% dos entrevistados dizem ser contra a volta de Pozzobom; 18% afirmaram ser favoráveis. Outros 15,33% não souberam ou não quiseram se manifestar.

Rejeição a Pimentel

Dos que rejeitam o prefeito Pimentel, os principais motivos apresentados são: “muitos gastos (9,01%), “problema com os professores” (8,11%), “não é bom prefeito” (5,41%),  “muito mal assessorado” (5,13%), “muitas obras inacabadas” (2,70%) e “ponte do Panorama” (2%).  

Sobre a pesquisa

A pesquisa Ágili foi realizada nos dias 18 a 20 de abril, com 400 entrevistas em toda a cidade de Umuarama (centro e bairros) e também nos distritos. A margem de erro é de 5%. As entrevistas foram distribuídas tendo por base os dados disponíveis no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e no TER (Tribunal Regional Eleitoral). 

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