(FOTO: DIVULGAÇÃO/PF GUAÍRA)

Cotidiano

(Vídeo) Operação Terra Envenenada: Grupo criminoso exibia vida de luxo e ostentação

Polícia Federal informou também que membros da organização são de extrema periculosidade

(Vídeo) Operação Terra Envenenada: Grupo criminoso exibia vida de luxo e ostentação
Leonardo Revesso
OBemdito
20 de outubro de 2022 11h48

A organização criminosa desarticulada pela Polícia Federal no âmbito da Operação Terra Envenenada, da Polícia Federal, levava uma vida de luxo e ostentava o poderio econômico em camarotes de boates, tudo devidamente postado nas redes sociais.

A organização criminosa desarticulada pela Polícia Federal no âmbito da Operação Terra Envenenada, da Polícia Federal, levava uma vida de luxo e ostentava o poderio econômico em camarotes de boates, tudo devidamente postado nas redes sociais.

A operação, centralizada na delegacia da Polícia Federal de Guaíra, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (20) e resultou na prisão, até o momento, de 18 pessoas, sendo 14 por mandados judiciais e quatro em flagrante.

Os mandados judiciais de busca e apreensão e prisão foram cumpridos por cerca de 200 policiais em Umuarama, Terra Roxa, Amaporã, Iporã, Jardim Alegre e Campo Mourão, no Paraná; Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul; Nova Prata, no Rio Grande do Sul; Palmas, no Tocantins; e Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.

O delegado Mateus Correia Sá classificou o grupo criminoso como “extremamente perigoso”, tendo em mãos um arsenal de armas de fogo de grosso calibre. Na ficha criminal de um dos alvos da operação consta a troca de tiros com a Polícia Militar. O delegado não informou de qual cidade é o suspeito.

Residência de um dos membros da organização

O grupo desmantelado vinha atuando na importação, transporte e comercialização de cigarros e agrotóxicos contrabandeados, em todo o País. Conforme a PF, a investigação durou cerca de sete meses.

Ainda segundo a Polícia Federal, a organização se dividia em três camadas A primeira delas tinha como base a cidade de Terra Roxa/PR, onde residiam os principais líderes e integrantes operacionais do grupo. Eles eram responsáveis por trazer agrotóxicos pelo rio Paraguai, na fronteira entre o Paraguai e o Brasil, e esconder a mercadoria em chácaras e sítios da região.

A segunda camada era composta por intermediários, sediados em municípios um pouco mais afastados da fronteira e com a incumbência de prospectar a demanda e promover o transporte e segurança das mercadorias.

Por fim, a terceira camada, formada basicamente por empresas agropecuárias, adquiria os defensivos dos contrabandistas para revenda.

Parte da mercadoria apreendida na operação, em Terra Roxa

A Polícia Federal informou que a distribuição dos produtos ilícitos era feita em empresas do oeste do Paraná. Também foi identificado o transporte de uma grande quantidade de carregamentos para empresas da Bahia, do Tocantins, do Maranhão e de Minas Gerais.

As atividades delituosas promoveram forte enriquecimento dos integrantes, permitindo a compra de imóveis, automóveis, dentre outros bens de alto valor.

“Portanto, além dos mandados de busca e de prisão preventiva, a operação tem como objetivo descapitalizar a organização criminosa, tendo sido determinado o sequestro de bens móveis e imóveis ligados a 36 investigados, bem como o bloqueio de contas em nome das pessoas físicas e jurídicas vinculadas, em especial dos líderes”, afirmou o delegado Correia Sá.

Os envolvidos deverão responder pela prática de contrabando, comércio e transporte de agrotóxicos em descumprimento às exigências estabelecidas na legislação pertinente e participação em Organização Criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 16 anos de prisão.

A Operação foi batizada de Terra Envenenada em razão das atividades de introdução, transporte e revenda de agrotóxicos ilegais, os quais causam prejuízos ambientais e trazem riscos gravíssimos às pessoas que manuseiam esse tipo de produto e à população que consome os alimentos nos quais são utilizados,

(Com Assessoria da PF/Guaíra)

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