Presidente da Câmara desempata e denúncia contra o prefeito de Altônia é arquivada
Moradores acusam Claudenir Gervasone de se apropriar de bens públicos em proveito próprio
A denúncia contra o prefeito de Altônia, Claudenir Gervasone, que poderia resultar na cassação do mandato dele, foi arquivada por maioria de votos na Câmara de Vereadores. O placar empatou em 4 a 4 e foi definido pelo presidente da Casa, Edgar Virgílio. A sessão aconteceu na noite desta terça-feira (9).
Votaram favoráveis à abertura da investigação os vereadores Paulo Afonso Barboza, Luís Carlos Maltempi, Lucas Rocco Rezende e Marlene do Pitu. Foram contrários, além do de Virgílio, João Pedro Buliani da Mata, Adriano Dias Guedine, Aguivanildo Ventrameli (Tigrão da Paineira) e Laércio Escola.
O pedido de investigação pelo Legislativo é assinado pelos moradores Gilberto de Andrade Guerra e Marcos Antônio Gamboa. Na denúncia, eles dizem que o prefeito teria se apropriado de bens públicos em benefício próprio. Trata-se da suposta utilização de maquinário e mão-de-obra do Município para montar um barracão pré-moldado em sua chácara particular.
Em 2021, o então gerente da Caixa na cidade pediu, por ofício, à Prefeitura para que fossem retirados os entulhos e as instalações do antigo laticínio que era de posse do banco e que futuramente iria a leilão. Em contrapartida o município poderia utilizar os entulhos como cascalho em estradas rurais.
Ainda conforme os denunciantes, o prefeito atendeu a solicitação do gerente, em caráter de urgência, autorizando o uso de maquinários (pá carregadeira, caminhão caçamba e diesel) e operadores do Município.
Dentre os bens materiais retirados estava uma estrutura de pré-moldado. Diferente do que teria sido acordado com a Caixa, o prefeito mandou instalar os pré-moldados nos fundos de sua propriedade privada.
Ganhou do gerente
Consta da denúncia que servidores públicos confirmaram a utilização de maquinários da Prefeitura para transferir o pré-moldado para a área de Gervasone. A servidores de primeiro e segundo escalões, ele teria dito que que a utilização dos postes era assunto dele que tinha ganhado o barracão do gerente da Caixa.
O bem, na avaliação primária dos denunciantes, está avaliado em 60 mil. Atualmente, a propriedade onde a estrutura foi instalada está em nome de outra pessoa.





