Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Saúde

Paraná acompanha OMS e Ministério da Saúde, e emite resolução de combate à varíola dos macacos

Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Paraná acompanha OMS e Ministério da Saúde, e emite resolução de combate à varíola dos macacos
Redação
OBemdito
6 de agosto de 2022 17h58

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que a varíola dos macacos configura emergência de saúde pública de interesse internacional e o Ministério da Saúde instituir um Centro de Operação de Emergências (COE) para elaboração do Plano de Contingência contra o surto de monkeypox no Brasil, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná emitiu uma Resolução com orientações sobre a doença. 

O documento repete as recomendações dos órgãos internacionais e nacionais de saúde sobre a doença, e enfatiza o monitoramento e cuidados com a transmissão. 

“Todos os profissionais de saúde que atuam em qualquer tipo de serviço de saúde (Atenção Primária à Saúde, unidades de pronto atendimento, ambulatórios e hospitais) devem estar atentos para a identificação, notificação e manejo adequado dos casos. O atendimento inicial deve ser realizado, preferencialmente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), indicando-se internação hospitalar para os casos que apresentem sinais de gravidade”, diz texto na resolução.

Para reduzir a cadeia de transmissão nos serviços de saúde, deverá ter fluxo adequado da triagem para as salas de isolamento (em qualquer nível de atenção), evitando contato com outros pacientes. Em caso suspeito de Monkeypox, deverá ser disponibilizado ao usuário a máscara cirúrgica, e realizar o isolamento imediatamente (precauções padrão, para contato e gotículas) em área separada dos outros usuários, mantendo-se distância de 1 (um) metro ou mais entre eles, enquanto aguarda atendimento.

Caso o usuário possua lesões de pele em áreas expostas, elas devem ser protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas”, continua o texto. 

“Todos os casos que preenchem a definição de caso suspeito devem ser notificados imediatamente à vigilância epidemiológica municipal (telefone), à Regional de Saúde (telefone) e ao CIEVS PR no telefone (41) 99117-0444, e preenchido o formulário eletrônico de notificação”.

Transmissão

A Monkeypox é uma doença zoonótica viral causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus. Geralmente é uma doença autolimitada, com os sintomas que duram de 2 a 4 semanas. Período de incubação: geralmente de 6 a 16 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.

Ocorre entre humanos, principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A transmissão por gotículas respiratórias geralmente requer contato pessoal prolongado. A erupção cutânea pode começar nas áreas genital e perianal, e a erupção nem sempre se dissemina para outras partes do corpo.

Os sintomas prodrômicos podem ser leves ou ausentes, e podem ser facilmente confundidas com infecções sexualmente transmissíveis (IST). É importante avaliar com atenção os casos que apresentam úlceras genitais ou perianais para ISTs, sendo que a presença de uma IST não exclui a infecção por Monkeypox.

A Organização Mundial de Saúde orienta abstenção de atividade sexual durante toda a evolução da doença devido à proximidade ocorrida na relação íntima (não por ser considerada IST), e sugere o uso de preservativo em atividade sexual (oral, vaginal, anal) por 12 semanas após a recuperação.

A pessoa infectada só deixa de transmitir o vírus quando as crostas desaparecem da pele, e a população em geral pode se prevenir também fazendo o uso de máscara e higienização das mãos.

Em Curitiba a Secretaria de Saúde já relata casos de transmissão comunitária. Até o dia 3 de julho o Paraná tinha confirmados 36 casos da Monkeypox, sendo 35 em Curitiba e um em Maringá.

As vacinas contra a varíola não estão mais disponíveis para a população geral, e a vacinação universal até o presente momento não é indicada.

(Bem Paraná)

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