Familiares em frente ao Pronto Atendimento (PA), à espera de informações sobre vaga para parente internado no local / FOTO: DANILO MARTINS/OBEMDITO
O sistema de saúde colapsou em Umuarama. A situação, que já era trágica, atingiu um nível desalentador neste sábado (29), com a falta de leitos credenciados pelo governo do Estado.
Um paciente morreu poucas horas depois de receber os primeiros atendimentos no Ambulatório Municipal de Síndromes Gripais, porta de entrada dos pacientes com Covid na cidade. A estrutura passa longe de ser a ideal para internamentos, como vem acontecendo.
Outras três pessoas entraram em óbito no Pronto Atendimento (PA) nos últimos sete dias, à espera de leitos de UTI em hospitais da macrorregião noroeste. O trabalho de regulação é atribuição da Secretaria de Estado da Saúde.
O PA está superlotado. Na noite deste sábado eram 21 pacientes no local, sendo nove intubados, quatro esperando intubação e oito em enfermaria.
No início da noite houve um início de protesto em frente ao Pronto Atendimento. Familiares ficaram revoltados ao receber a notícia de que não havia vagas em hospitais para a transferência imediata.
A Polícia Militar e a Guarda Municipal foram acionadas. “Eles vão ter que se virar para conseguir uma vaga”, disse um homem, em tom exaltado.
Seis pacientes foram encaminhados do Ambulatório para a Uopeccan, mas houve um atraso de pelo menos uma hora e meia para o ingresso no hospital, que afirma não ter sido comunicado em tempo pela Central de Leitos.
Uma fila de ambulâncias se formou na frente do hospital.
O quadro em Umuarama ganha contornos ainda mais dramáticos com a exploração política em torno da operação Metástase, deflagrada pelo Ministério Público. Os promotores apuram um provável desvio de R$ 19 milhões do Fundo Municipal de Saúde.
De acordo com um profissional de saúde ouvido por OBemdito, a população perde duas vezes da forma como o assunto vem sendo apresentado.
“Não há vagas para tantas pessoas doentes. A população precisa se conscientizar disso e reforçar a prevenção. Ultrapassamos todos os limites razoáveis”, afirmou.
“Ou o governo do Estado amplia o número de leitos credenciados ou pede ajuda para outros estados, assim como aconteceu lá no Amazonas. Se nada for feito com extrema urgência, o cenário vai ficar ainda mais desesperador nos próximos dias e pessoas vão começar a morrer dentro de casa”, acrescentou.
Convocado às pressas para explicar a real situação aos jornalistas, o coordenador técnico do PA, Anderson Luiz Candiani, disse que a pressão sob os profissionais neste momento prejudica ainda mais a situação.
Com medo de agressões e em um nível máximo de estresse, técnicos, enfermeiros e até médicos ameaçam não ir para o trabalho no dia seguinte.
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