Pesquisa sobre a água do Rio Piava será apresentada na audiência pública no dia 5

Um estudo feito a partir da coleta de água bruta do Rio Piava, de Umuarama, mostra que houve recuperação dos impactos que afetam diretamente a qualidade da água.

A conclusão está na dissertação de mestrado da bióloga Priscila Brustin Shima Barroco, do Instituto Federal do Paraná (IFPR). A pesquisa dentro do Programa de Sustentabilidade do IFPR com a UEM foi realizada entre 2018 e 2020, sob orientação da Doutora Norma Barbado e da Coorientadora Doutora Patrícia Pereira Gomes.

A pesquisa será apresentada na audiência pública no próximo dia 5 de maio, às 19h, na Câmara Municipal de Umuarama. A pauta da reunião é o fornecimento, qualidade da água e a prestação de serviços sanitários da Sanepar.

“Um dos pontos principais que queremos apresentar na audiência é que mais de 48% da vegetação que recompõe às margens dos rios chamada de ‘mata ciliar’ estão em regeneração e isso influencia diretamente a qualidade da água. Porém, ainda faltam políticas públicas que incentivem e ensinem os produtores sobre a importância da sustentabilidade”, concluiu Priscila.

A qualidade da água bruta do rio foi considerada dentro dos padrões na avaliação feita a partir de amostras recolhidas e analisadas em laboratório. “A água é transmissora de várias doenças, então, é preciso ressaltar à população para consumir água tratada e não diretamente da fonte, seja ela qual for”, completou.

“Em relação à qualidade da água, é importante deixar claro que as análises foram realizadas a partir de amostras da água bruta, retirada do rio, sem nenhum tipo de tratamento. Vale ressaltar que ainda é necessário repetir os testes em relação aos metais pesados, pois por um problema nos equipamentos do laboratório que realizou as análises (Cispar, Maringá), os resultados das últimas coletas não foram conclusivos”, observa a orientadora da pesquisa, Doutora Norma Barbado.

Qualidade da água é questionada

Há cerca de um mês, a Sanepar foi denunciada ao Ministério Público (MP) pela vereadora Ana Novais, após suspeita de suposta contaminação da água fornecida em Umuarama e outras 762 cidades brasileiras com a presença do parâmetro ácido arsênico.

Essas substâncias químicas e radioativas podem trazer desde uma simples diarréia e até mesmo câncer. O apontamento do estudo, entre os anos de 2018 e 2020, foi publicado pelo Portal de Notícias Repórter Brasil e repercutido pelo Portal OBemdito. Na ocasião, a Sanepar divulgou nota esclarecendo que a água distribuída em Umuarama passa por 9 mil análises mensais. Além disso, a companhia informou que o arsênio encontrado em amostras de água de Umuarama estava no frasco usado para a coleta.