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Manchas encontradas no carro de Jean Michel não eram de sangue, atesta perícia

Juíza aguarda peça processual para decidir se comerciante será ou não submetido a júri popular pelas mortes dos sogros e da esposa em Umuarama

O comerciante Jean Michel de Souza Barros, no momento que era conduzido para a carceragem na Delegacia de Umuarama (FOTO: OBEMDITO)
O comerciante Jean Michel de Souza Barros, no momento que era conduzido para a carceragem na Delegacia de Umuarama (FOTO: OBEMDITO)
Manchas encontradas no carro de Jean Michel não eram de sangue, atesta perícia
Redação - OBemdito
Publicado em 6 de abril de 2022 às 18h01 - Modificado em 5 de junho de 2024 às 20h54
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As manchas encontradas no carro de Jean Michel de Souza Barros, 39 anos, não eram de sangue. É o que mostra o laudo do teste de luminol realizado no veículo na noite em que o comerciante foi preso pela Polícia Civil de Umuarama, sob acusação de matar os sogros e a esposa, um dia antes, no sobrado da família, no centro da cidade.

Outros laudos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PC) vão atestar se possíveis vestígios encontrados em roupas na casa de Jean Michel são do sangue de algumas das vítimas do triplo homicídio.

Na residência também foi apreendida uma faca de serra, de cortar pão, e um par de chinelos, igualmente enviados para análise do laboratório especializado da PC, em Curitiba. A expectativa é que o resultado conclusivo desses exames seja anexado ao processo nos próximos dias.

O resultado preliminar do luminol, que acusou presença de sangue no veículo do comerciante foi um dos motivos que levaram a Polícia Civil a decretar a prisão em flagrante de Jean Michel várias horas depois de ser levado à Delegacia.

O luminol é um teste com alta sensibilidade e baixa especificidade e pode gerar resultados falsopositivos em propriedades de plantas, metais (cobre, ferro e outros), produtos à base de cloro (hipoclorito) e outros oxidantes.

O comerciante segue preso na cadeia de Campo Mourão, para onde foi transferido. Na Delegacia de Umuarama não há celas para detidos com diploma de curso superior. Uma pessoa próxima ao suspeito disse que o estado psicólogo dele é precário e que ele segue negando, a todo tempo, a autoria dos crimes.

Audiência de instrução

No dia 3 de março último a juíza Silvane Cardoso Pinto, da 2a Vara Criminal de Umuarama, iniciou a audiência de instrução do caso. Foram ouvidas várias testemunhas de acusação e defesa. A magistrada aguarda a peça de alegações finais para decidir se Jean Michel vai ou não a júri popular.

O crime que repercutiu nacionalmente aconteceu no dia 8 de agosto do ano passado. Para a polícia, ao concluir o inquérito, não havia dúvidas de que o comerciante matara o sogro Antônio Soares dos Santos, então com 65 anos, a sogra Helena Marra dos Santos, 59 anos, e depois a esposa, a advogada Jaqueline dos Santos, 39 anos.

Jean Michel estaria sendo pressionado pelos sogros a ter um melhor desempenho como marido e assumir todas as responsabilidades financeiras na posição de chefe da família.

Pegada de chinelo

Os corpos das vítimas só foram encontrados na manhã do dia seguinte, pela empregada doméstica. No local, havia uma pegada de chinelo sobre uma mancha de sangue.

O exame mais apurado vai comprovar se o vestígio é do calçado apreendido na casa de Jean. Ele estava vivendo em residência separada da esposa, justamente por conta de problemas de relacionamento com os sogros, conforme relataram testemunhas ouvidas à época.

Celulares

À polícia, Jean Michel disse ter visto os sogros e a mulher no dia do crime, na hora do almoço. Afirmou ter ido ao sobrado para entregar um presente de Dia dos Pais a Antônio. Com base em rastreamento, os investigadores constaram que o comerciante voltou ao local do crime, horas depois. Jean nega.

Dias depois, em um bueiro foram encontrados os celulares que seriam das vítimas. Há imagens de uma câmera de segurança que mostram um homem com as características físicas de Jean Michel descendo de um carro (que seria o do empresário) e jogando algo no buraco.

O conteúdo das mensagens contidas nos aparelhos nunca foi divulgado. Todo o processo corre em segredo de justiça, o que dificulta o acesso às informações.

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