Umuarama

Mãe retrata experiência em criar o filho autista: “precisamos ser a Mulher Maravilha e encarar a vida”

José Pedro Floriano de Souza, 3 anos, tem o sorriso tímido e a fala retraída. Aos oito meses de vida, a mãe Rosângela Floriano Souza percebeu que o filho poderia ter autismo. Aos dois anos ela recebeu o diagnóstico médico. “Eu não fiquei surpresa porque desde o começo imaginei que ele poderia ter alguma deficiência e como eu tive um filho especial (já falecido) eu sabia como lidar perfeitamente com a situação”, disse.

Os fatores que chamaram a atenção da genitora foram muito choro, não fixar o olhar, dificuldade em estar em sociedade, além de não balbuciar, como as crianças de sua idade. “Ele chorava muito e não conseguia ter o olhar fixo. Foi quando eu percebi que algo estava errado. E isso foi comprovado com o diagnóstico de autismo”, ressaltou.

Dona Rosângela encontra forças e disposição para cuidar do pequeno que necessita de atenção exclusiva. O garotinho estuda na Apae e realiza terapias na AMA (Associação dos Pais e Amigos dos Autistas), mas para a mãe seria necessário buscar alternativas para ajudar no tratamento.

“Meu menino é muito bem tratado na Apae e na AMA. Ele faz várias terapias, procedimentos de fonoterapia, mas percebo que ele necessita de mais. Queríamos um olhar mais voltado do poder público”, explicou.

O autismo é um espectro que tem afetado milhares de crianças. Uma deficiência que ainda precisa ser mais conhecida e estudada. Rosângela contou a OBemdito sua experiência diária. “Temos uma luta constante, matamos 10 leões por dia para superar os desafios e os obstáculos da vida”, enfatizou.

Um dos desafios enfrentados pela mãe e pelo filho ainda é o preconceito. “Ele tem muita crise sensorial e por isso às vezes ele entra em crise. As pessoas acham que é birra e até falam: ‘merecia uma boa chinela’. Isso dói muito em uma mãe”, lembrou.

Rosângela deixou uma mensagem às mães que tem filhos com autismo. “Eu falo para elas têm força e buscar em Deus. Vestir a roupa da Mulher Maravilha porque não é fácil o que enfrentamos com essa doença tão delicada e difícil. Porém, viver com esse sorriso não tem explicação”, finalizou.

O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação, interação social e comportamental.

Paula Damacena

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